Confira algumas dicas para ficar bem acomodado sem gastar muito

Antigamente o viajante chegava em casa com dormitórios coletivos e cafés da manhã difíceis de engolir, mas geralmente muito baratos e em localizações excelentes, e mostrava uma carteirinha internacional para passar a noite. Eram eles os albergues, hits dos anos 80 e 90 e, na linha evolutiva das viagens, os avós dos atuais hostels moderninhos. Agora, que beleza, é possível mesclar na mesma viagem uma parada nessas hospedagens com clima de balada, experiências nas casas de locais ou noites em campings cheios de infraestrutura. O importante é levar consagrados itens de primeira necessidade da mochilagem: toalha, cadeado, tapa-olhos e protetores auriculares.

HOSTEL

Atualmente, é a opção número um dos mochileiros gregários – dispostos a fazer amigos na estrada, trocar dicas, encarar baladas antes de dormir. A maioria das camas ficam em quartos coletivos, que podem ser mistos ou separados por gênero, mas hostels mais arrumadinhos muitas vezes contam também com quartos duplos, equivalentes a suítes de hotéis, só que mais descolados. Quanto maior o quarto, menor o valor por pessoa. Mas evite dormitórios com mais de oito ocupantes: o vai e vem noturno atrapalha o sono. O banheiro pode ficar dentro das acomodações ou no corredor.

Armários individuais nos quartos guardam pertences de valor dos hóspedes, daí a importância de ter cadeado. Na maioria das vezes, não é preciso pagar pelo uso de lençóis, mas o aluguel de toalhas é cobrado. É com hostels com bares e bufês de café da manhã, ambientes bons pra integração entre hóspedes. Os mais legais podem ter piscina, restaurante e organizar festas ou tours guiados pela cidade e arredores.

Os melhores hostels do Brasil:

– O Motter Home, em Curitiba, fica numa charmosa casa da década de 1950, que conserva vários detalhes de sua época. Além do ar vintage, o hostel tem grafites, painéis e pinturas de artistas locais para alegrar o ambiente. O viajante pode se hospedar em quartos coletivos ou suítes privadas, tudo com cama king size. A localização também é privilegiada: o Centro Histórico da cidade está a apenas 15 minutos de caminhada.

– Que tal ficar na residência de férias que a baronesa do Rio Negro usava no século 19? É só se hospedar no Discovery, no Rio de Janeiro, cuja casa mantém a fachada original, mas com todas as comodidade que alguém poderia querer em 2017. O hostel tem dormitórios compartilhados e quartos privativos. Além de o metrô estar ao lado, há vários programas culturais e atrações turísticas na região.

– O Bahia Prime Hostel fica pertinho da praia, está sediado numa casa colonial de quase 100 anos e 900 metros quadrados, mas equipada com o que há de mais moderno em termos de hotelaria. Há desde quartos coletivos que hospedam 18 pessoas a suítes particulares.

– O Green Haven, charmoso hostel em Ubatuba, oferece vista para o mar, quartos coletivos ou individuais, um agitado bar com mesa de sinuca e área de churrasco, entre outras comodidades. Perfeito para quem busca muita animação no litoral paulista.

No Brasil existem outros hostels de qualidade : Jericoacoara, Gramado, Porto Alegre, João Pessoa, Foz do Iguaçu, entre outros, cada um com sua característica.

TRANSPORTE

Definir a melhor opção de deslocamento para ir de uma cidade a outra é uma tarefa nem sempre simples, porém, muito bem recompensada. As opções variam enormemente de acordo com o destino : para um mochilão na África do Sul, carro alugado pode ser uma boa opção, enquanto que, no Sudeste Asiático, nada bate as scooters, práticas e econômicas.

– Avião: muitas vezes é em um voo que começam e terminam os mochilões mais longos. Para economizar na passagem a partir do Brasil, o jeito é ficar de olho nas promoções das companhias aéreas. No exterior, use e abuse das empresas low-cost, mas fique ligado nas pegadinhas : os bilhetes na incluem bagagem despachada, os limites de peso e tamanho para a mala de mão são rigorosos e os aeroportos usados por essas companhias costumam ser mais distantes do Centro que os principais. Não deixe de calcular quanto vai gastar com transporte até o local de embarque e inclua na conta as eventuais taxas para despachar a bagagem. Isso inclui também mochilões pelo Brasil.

– Trem: se na Europa os trens são velozes, modernos e frequentemente caros, em várias regiões da Ásia são opção de deslocamento segura e econômica. No Sudeste Asiático e na Índia, prefira os vagões da primeira e da segunda classe – os da terceira são desconfortáveis. Diferente dos europeus, os bilhetes dos trens asiáticos não precisam ser adquiridos com antecedência; deixe para comprá-los já na estação e fuja de intermediários.

– Ônibus: os coletivos são comuns em quase todos os destinos turísticos e oferecem bom custo-benefício. Para pesquisar viações na Europa, visite o site GoEuro, que compara ainda trens e aviões. Na América Latina, há sites específicos para cada país. No Brasil, o bilhete pode ser comprado nas rodoviárias sem maiores problemas.

– Carona: o esquema de fazer sinal na beira de estrada ainda funciona, mas não é dos mais seguros nestes tempos de outras possibilidades. Hoje, há sites como o Carona Fácil e o RoadSharing, além de grupos no Facebook em que as caronas podem ser combinadas previamente. Um mercado em franca expansão é o caronas pagas. O BlaBlaCar, aplicativo recém-chegado ao Brasil e conhecidíssimo na Europa, é o pioneiro nessa modalidade: o site reúne usuários que oferecem as viagens e mostra ainda detalhes do carro e avaliações do motorista. Os preços costumam ser mesmo mais amigáveis que os de ônibus ou trens.

Aproveite ainda os sistemas de compartilhamento de bikes para circular em metrópoles. A interface geralmente é simples: é só baixar o aplicativo e cadastrar seu cartão de crédito. Muitas vezes, a primeira meia hora sai grátis. O sistema está presente em Nova York, Rio de Janeiro, San Francisco, Paris, Londres, Milão, entre outros centros.

PAI AVENTUREIRO

Para aqueles pais que foram mochileiros e hoje continuam se aventurando em trilhas fantásticas, porém acompanhados de seus filhos, passando para eles a alegria da descoberta, do respeito pela natureza, da alegria em assistir a um por do sol em lugares incríveis, minhas sinceras homenagens.

E para aqueles pais que simplesmente reúnem a família e passam para seus filhos a alegria e o prazer de uma viagem, por mais simples que seja, também deixo meu carinho neste dia especial.

Porque viajar é tudo de bom e junto com daqueles que amamos é melhor ainda! E com certeza nós, os filhos, jamais esqueceremos desses momentos únicos!
Feliz dia dos Pais

Semana que vem, para terminar a série mochileiro, vamos falar sobre os cuidados que essas viagens exigem, inclusive com a saúde.




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.