Suspeito de cometer assaltos a padarias e farmácias é preso pela Polícia Civil

Um pedreiro de 32 anos foi preso na manhã dessa quinta-feira, 10, no bairro JK, zona Sudeste, pela equipe da Delegacia Especializada de Repreensão a Roubos (DERR). O homem é suspeito de ter cometido seis assaltos e de ter tentado mais dois a farmácias e padarias situadas na região Central e zona Sul da cidade.

“A Polícia Civil sempre trabalha com detalhes e com levantamentos prévios para que tudo saia da maneira planejada. Após a identificação, feito o pedido de prisão e deferimento pelo Poder Judiciário, nós localizamos a residência dele, calculamos as possíveis rotas de fuga e, na manhã dessa quinta, fizemos uma campana. Depois de ter certeza que ele estava em casa, nós entramos no local”, explicou o delegado titular da DERR, Rafael Gomes de Oliveira.

O primeiro crime do homem foi registrado no dia 24 de junho de 2017, em uma padaria, situada no bairro São Mateus. O autor subtraiu R$200 do estabelecimento. O assalto seguinte ocorreu no dia 5 de julho, quando roubou R$738 de uma farmácia, localizada na região Central. Três dias depois, o suspeito tentou roubar outra farmácia na mesma região. No dia 15 de julho, o homem roubou R$600 de uma padaria no Centro.

Após dois dias, o suspeito subtraiu R$320 de uma farmácia, também no Centro. No dia 26 de julho, ele tentou roubar uma padaria na mesma região. Em 1º de agosto, o pedreiro roubou R$1.300 de uma padaria no bairro Alto dos Passos e o último crime ocorreu três dias depois, no mesmo bairro, onde outra padaria teve R$130 roubados.

“Ele cometeu roubos locais muito próximos um do outro, em um período de tempo muito curto. Isso gera uma sensação de insegurança, portanto, retirar esse indivíduo do convívio social é de suma importância para que a sociedade volte a sua rotina e as pessoas possam trabalhar com tranqüilidade”, ponderou Oliveira.

Segundo o delegado, o homem tinha o hábito de ler os jornais e assistir aos canais de televisão da cidade para acompanhar os seus crimes sendo noticiados pela imprensa. “Ao revelar esse hábito, ele demonstrou certo orgulho dos crimes”, disse.

 

INVESTIGAÇÃO

A equipe de investigação começou apurar o primeiro caso e, ao longo dos trabalhos, os demais crimes foram acontecendo. Porém, o que chamou a atenção dos investigadores foi que as ações ocorreram com o mesmo modus operandi. “Os assaltos sempre eram praticados quando no caixa estava uma mulher. Ele disse que preferia em razão de uma possível fragilidade ou ausência de reação por parte delas. Ele também escolheu padarias e farmácias devido ao valor que elas possuem no caixa, pois poderia ter um ‘lucro’ maior de forma imediata. Além disso, ele sempre utilizava uma faca, apenas em uma das ações ele usou uma arma falsa, e fugia de táxi”, detalhou.

O delegado destacou a importância das câmeras de segurança dos estabelecimentos. “Estes equipamentos foram de suma importância para a identificação do autor. Além disso, preciso ressaltar a colaboração das vítimas em vir até a delegacia para auxiliar o trabalho da Polícia”, disse Oliveira.

O suspeito confessou a autoria de todos os crimes e relatou que foi motivado pelo vício em entorpecentes e uma dívida de R$5 mil com um agiota. “Representamos em todos os crimes pela prisão preventiva dele, que foi encaminhado ao Ceresp [Centro de Remanejamento de Juiz de Fora], onde vai aguardar pelo julgamento de todos eles”, ressaltou o delegado, ao dizer que o homem não possuía antecedentes crimes, por isso, optou por pedir a prisão relativa a todos os crimes.

 

OPERAÇÃO CHECK POINT

A delegada regional Patrícia Ribeiro, durante coletiva de imprensa na qual o suspeito foi apresentado pela Polícia Civil, afirmou que a Operação Check Point deve ser realizada até o final deste ano. “Esta operação está sendo realizada em locais determinados pelos índices de roubo a pedestre. Ela visa trazer maior sensação de segurança a população”, ressaltou. A ação teve início nesta quarta-feira, 9, no bairro São Mateus, região Central.

De acordo com o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, delegado Carlos Roberto da Silveira, a operação foi determinada pela quantidade de assaltos em todas as cidades do departamento. “Entramos em contato com os delegados regionais e, em Juiz de Fora, com os delegados Patrícia Ribeiro e Rafael Gomes de Oliveira para realizarem investigações. Um exemplo de uma investigação de excelência foi a deste caso, no qual, em prazo curto, conseguiram o mandado de prisão preventiva e este homem sendo preso”, finalizou.




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