O Indicador Antecedente de Emprego, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,5 ponto em julho, alcançando 98,4 pontos, depois de duas quedas consecutivas. Ele é calculado em uma escala de zero a 200 pontos, com base na expectativa de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses.
No trimestre, no entanto, o indicador acumula queda de 0,7 ponto. Segundo a FGV, apesar das quedas dos dois meses anteriores, o índice antecedente de emprego continua em nível elevado, já que ainda existe forte otimismo em relação à geração de empregos na economia brasileira.
INDICADOR COINCIDENTE DE DESEMPREGO
Já o Indicador Coincidente de Desemprego, que mede a percepção dos consumidores em relação ao desemprego no país, piorou 0,7 ponto em julho. É a primeira vez que ele apresenta piora no ano.
A FGV acredita, no entanto, que esse resultado “não parece significar uma inflexão na tendência de melhora do mercado de trabalho. O aumento do emprego e a redução da taxa de desemprego têm sido consistentes com a suave melhora da economia dos últimos meses”, diz a FGV.
PIB
Com a modernização das leis trabalhistas, especialistas estão otimistas com os potenciais impactos para o País. Para o Itaú Unibanco, 1,5 milhão de empregos devem ser gerados nos próximos quatro anos apenas com a mudança na legislação.
A expectativa é também que o Brasil gere mais riqueza. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, de acordo com o estudo do banco, será influenciado positivamente no período, com um incremento extra de 0,8% a cada ano.
Na última semana a instituição publicou uma pesquisa sobre o tema. A avaliação é que a reforma também vai melhorar a competitividade. Em uma comparação internacional sobre eficiência do mercado de trabalho, o Brasil ocupa, atualmente, a posição 117 entre 138 países. Com a modernização, o País deve subir para o posto 86.
“Em comparações internacionais, o Brasil hoje se destaca por ter um dos mercados de trabalho mais ineficientes do mundo”, diz o estudo do Itaú Unibanco. “Estimamos que a reforma trabalhista possa aumentar o PIB per capita brasileiro em 3,2% nos próximos quatro anos (0,8% por ano) e diminuir a taxa de desemprego estrutural em cerca de 1,4 ponto percentual [aproximadamente 1,5 milhão de empregos]”, explica.
OUTRAS REFORMAS
Para o banco, a reforma melhora o nível de competitividade, mas é possível avançar ainda mais. Segundo a pesquisa feita para a instituição, são necessárias mudanças em outras frentes, como qualidade das instituições, ambiente macroeconômico, reforma tributária e mudanças na infraestrutura, ações que o governo tem trabalhado para implementar.
Colaboração: Agência Brasil