Estamos completando em torno de três centenas de participações em Assembleias Gerais de condomínios, onde podemos observar que a falta de diálogo, ou seja, de comunicação entre gestor e moradores (condôminos ou não) o que representa um grande entrave para os bons resultados nos condomínios.
É fato que a pessoa que realiza alguma ação, às vezes ao ser questionado, recebe como algo pessoal e não como uma oportunidade que poderia ser feito com um método diferente para buscar um melhor resultado. Isto acontece porque a primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar uma pessoa, um fato ou uma circunstancia, é que estamos nos submetendo ou nos subjulgando, desistindo de lutar, sendo fracos.
Devemos começar a nos aceitar melhor e aceita uma modificação de algum aspecto de nossa vida, ou seja, de nós mesmos. Isto porque aceitação é um ato de boa vontade, de mente aberta, de sabedoria e humildade. É importante aprender que a única pessoa que podemos modificar, somos nós mesmos, portanto aceitar é colocar-se pronto para ver a dificuldade ou o problema de outro ângulo, sob outro prisma.
No instante em que aceitamos novas opiniões, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, as soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos que trazem as respostas. É preciso que aprendamos a controlar nossas emoções em nossos relacionamentos, desde na família no trabalho e porque não, também nos condomínios. O síndico precisa aprender receber reclamações, críticas e fazer uma avaliação através de análise, do que foi feito. Infelizmente observamos que a grande maioria dos condôminos é omissa, o que leva pequenos grupos a assumir situações que deveriam ser de todos, pois, todos pagam os rateios das contas. É bem verdade que ouvimos alguns síndicos que têm atitudes estarrecedoras, como por exemplo: a) um síndico alegou, numa conversa, que não faz assembleia, uma vez que o seu prédio tem 24 unidades e ele detém 18 procurações: b) outro síndico convoca a “AGO” e apresenta um número alto de procurações para aprovar as suas contas e reeleger. Embora as leis não estabeleçam número de procurações, voltamos a opinar que este fato não é ético. Daí a importância de maior participação dos condôminos nas assembleias e que as convenções contenham um limite para uso de procurações, podendo também algum condômino em uma Assembleia Geral, propor normas limitando o uso de procurações, principalmente o uso pelo síndico na Assembleia Geral Ordinária (anual).
Os condôminos precisam estar atentos e participar mais da vida dos condomínios, onde possam contribuir para que não haja ou para a solução de problemas. Lembramos que a opinião de todos é importante para mudar a forma de gestão.
Outro aspecto a ser considerado é que quando um condômino não tem condições de estar presente numa assembleia, é realmente válido dar uma procuração a alguém para substituí-lo, mas não utilizar-se deste recurso de forma aleatória.
Vamos analisar por que ou para que alguém sairia buscando procurações dos que não queiram ir ou não podem ir à assembleia? Uma procuração dada sem definição de posições e como dar um cheque em branco assinado.
É importante que a alternância de poder ajudar no crescimento de qualquer instituição. Não estamos falando de pessoas, e sim de fatos que precisam ser evitados em beneficio da transparência. Precisamos aprender a viver e conviver com as diferenças e principalmente com aqueles que às vezes ao nos são simpáticos.
Até o próximo.