Cada vez mais, novas discussões surgem a respeito do uso da Cannabis, popularmente conhecida como maconha, tanto para o uso medicinal quanto recreativo. Muitos países têm liberado o uso da planta para estes fins. No Brasil, o tema ainda é discutido e debatido, pois é ligado à questões de saúde e segurança.
No Uruguai, a venda de Cannabis para uso recreativo começou na terça-feira, 19. O estado norte-americano de Nevada se tornou, no início do mês, o sétimo dos Estados Unidos, além do distrito de Columbia, a legalizar a venda e o consumo de maconha para uso recreativo. Desta maneira, Nevada amplia uma legislação que antes só autorizava o consumo e distribuição da Cannabis para fins medicinais e se equipara aos estados de Washington, Alasca, Oregon, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts e Distrito de Columbia (DC).
Juiz de Fora recebeu, essa semana, a visita de um grupo de empresários canadenses, da multinacional Storexca Controlled Atmosphere, empresa que trabalha com pesquisas sobre a Planta Medicinal Cannabinoide (PMC), a Cannabis. Os representantes vieram para a cidade a fim de trazer a proposta de firmar uma parceria entre a empresa, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O objetivo é discutir o tema e implantar, na cidade, uma plantação da Cannabis, com fins de retirar da planta as substâncias para uso medicinal.
De acordo com o diretor de negócios da Storexca, Christophe Treville, a planta traz muitos benefícios para pessoas que sofrem com várias doenças. “É muito utilizado para tratar ansiedade, stress, epilepsia, esclerose múltipla e outros tipos de doenças e dores”, afirma Treville. Ele informou ainda que cada substância da planta é usada para tratar doenças específicas. “Vamos cultivar a planta em Juiz de Fora para retirar delas as substâncias e pesquisar. Isso vai gerar muitos empregos para a cidade e ajudar no desenvolvimento”, complementa.
Christophe escolheu Juiz de Fora por considerar as autoridades da cidade abertas para ouvir a proposta e firmar a parceria. Além disso, ele destaca que a cidade possui uma boa posição geográfica. A parceria será firmada, de forma definitiva, em agosto, e outros projetos serão desenvolvidos com a empresa. Um deles é relacionado à Macaúba. “Vamos estudar como podemos tirar a planta do viveiro e replantar na terra, e como prolongar o armazenamento da Macaúba sem que ela oxide”, afirma Christophe.