Marfins Beisebol enfrentará Beagá Beisebol no campo da Empav

O campo do Bairro São Benedito, na zona Leste da cidade, pode até ser de futebol, entretanto, o esporte que “invadirá” o espaço neste sábado, 22, às 14h, é o Beisebol. Fundada há mais de seis meses, a equipe juiz-forana, Marfins Beisebol desafiará o time Beagá Beisebol, de Belo Horizonte, em amistoso repleto de expectativas e com entrada gratuita.

O objetivo do evento é difundir o esporte, ainda desconhecido no país, e fomentar o interesse e a admiração dos futuros torcedores. “Esperamos participação considerável da torcida. Por ser um esporte desconhecido, entendemos que levará tempo para conquistar a simpatia do torcedor. Em razão disso, pretendemos trazer mais jogos para a cidade futuramente”, relatou Fábio Nogueira, diretor e também atleta do Marfins. Ele adianta que nos meses de setembro e outubro, mais partidas irão acontecer na cidade.

DESCOBRINDO O ESPORTE

Os primeiros passos da caminhada do Marfins aconteceram no dia 15 de setembro de 2016, quando amantes do esporte se reuniram e promoveram o primeiro treino da equipe no Campo do Ferroviário, situado no bairro Poço Rico, zona Sudeste. “Uns levaram tacos, outros trouxeram as bolas, alguns levaram as luvas, juntamos tudo e fizemos o primeiro treino”, lembrou Nogueira. A equipe, que não treina mais no antigo local, vem se encontrando todos os sábados, às 14h30, para manter a forma e aprimorar as táticas, no campo da Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), no bairro São Benedito.

Atualmente, o plantel conta com cerca de 20 jogadores. Os primeiros amistosos ocorreram no dia 26 de abril, em Belo Horizonte, contra a mesma equipe que virá até Juiz de Fora neste sábado e outros dois times: o BH Capitals e o Ibirité. No dia 7 de maio, o Marfins viajou até Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, para mais dois jogos, contra o Volta Redonda Beisebol Clube e o Valley Saints, de Guaratinguetá, São Paulo. “Em pouco mais de seis meses de treino, já enfrentamos times com mais de oito anos de história. Infelizmente, ainda não conseguimos a vitória, mas temos a percepção de que estamos evoluindo bastante”, destacou o atleta, afirmando que a equipe projeta participar de competições oficiais futuramente.

ESTRUTURA

O beisebol estará de volta aos jogos olímpicos de Tóquio 2020. Bastante popular nos Estados Unidos, ele ainda é pouco praticado em terras tupiniquins e sofre com a falta de investimento para o seu desenvolvimento. Inclusive, recentemente, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) comunicou que não haverá repasse financeiro para o ano de 2017. A falta de estrutura e dinheiro é o reflexo para os problemas da profissionalização do esporte, com o projeto de liga da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS).

Segundo Nogueira, a falta de incentivo e interesse de autoridades e do varejo esportivo do país dificulta a progressão do esporte. “Todo o material do beisebol é importado, e o preço é um absurdo. Nem no país conseguimos comprá-los, já que os fornecedores não comercializam. Tudo o que temos é material usado”, explicou o atleta, acrescentando que o equipamento da equipe é financiado com auxílio de patrocinadores e verba dos próprios membros.

Visando o crescimento do beisebol na região, o time juiz-forano abre espaço para novos praticantes. Os interessados podem procurar a equipe durante os treinos. “Acreditamos muito na aproximação do torcedor com o esporte e quanto mais pessoas conhecerem e praticarem, conseguiremos captar atenção dos investidores, adquirir equipamentos, dando continuidade ao crescimento e a sobrevivência do beisebol”, finalizou.




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