Na próxima segunda-feira, 17, um grupo de seis pessoas da Arquidiocese de Juiz de Fora, incluindo o arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, embarca para o Haiti. A viagem ao país mais pobre das Américas terá o objetivo de estudar a possibilidade da criação de uma base missionária no local.
O bispo Dom Gil explica que a base missionária é formada por uma equipe de padres e leigos, que dão suporte à população de determinado local. “Nós já temos uma base no Pará, e a do Haiti será a nossa primeira fora do Brasil”, conta.
Além de Dom Gil, o grupo é composto por cinco pessoas pertencentes à Comunidade Jovens Missionários Continentais (JMC): Ana Maria Roberto, Marina Lopes de Assis, Myria Izabel Carvalho de Araújo, William Câmara de Araújo e Wilmar José Pereira de Carvalho. Juntamente com os missionários e o arcebispo de Juiz de Fora, irá também o bispo da Diocese de Leopoldina, Dom José Eudes Campos do Nascimento.
Segundo Dom Gil, a ideia da missão surgiu após a diocese ter ajudado os haitianos com mantimentos e outras doações ano passado, quando o país sofreu com um furacão. “Após esse ocorrido, a nossa diocese entrou em contato como Haiti por intermédio de Freis Franciscanos brasileiros que residem lá, para irmos até o país conhecer a realidade de perto e, futuramente, montar lá uma base missionária”, afirma. Os missionários vão ficar hospedados na comunidade na qual os freis residem.
OPORTUNIDADE DE AJUDAR
A missionária Ana Maria Roberto, de 46 anos, é estudante de jornalismo e faz parte da equipe. Ela recebeu o convite através de Dom Gil, por fazer parte, há quatro anos, da Comunidade Jovens Missionários. Ana conta que a vocação para ser missionária vem desde quando fazia parte da igreja Evangélica, e aumentou quando passou a frequentar a Católica. “Trabalho na diocese e já faço trabalho com os jovens há muito tempo, sempre gostei de ser missionária”, diz. “Estou muito ansiosa, e todo grupo também está, por sair da situação que vivemos aqui e ir para o país mais sofrido e carente da América, por estar lá ajudando de várias formas, buscar um pouco da paz e tentar amenizar a dor de tudo o que eles passam”, complementa.
Segundo Ana Maria, o grupo está tendo uma formação religiosa, através de reuniões e adorações, para se preparar para essa missão. “São jovens que fazem visitas missionárias e fazem campanhas para ajudar em questões sociais”, afirma.
Outra missionária que faz parte do grupo é a Marina Lopes de Assis, de 23 anos, estudante de Engenharia de Produção. “Vamos acompanhar os trabalhos que os freis já realizam lá e ajudar nesses trabalhos, como cuidados médicos, na parte de educação e um trabalho de catequese”, explica.
Marina conta que sempre foi atuante nas atividades da Igreja e passou a participar da Comunidade dos jovens Missionários por se identificar com os trabalhos desenvolvidos pelo grupo. “Sempre quis ser uma missionária, pelo carisma de poder ajudar as pessoas. Faço tudo isso por amor”, afirma.
A jovem, assim como todo o grupo, está muito feliz e ansiosa para a viagem e por ter a oportunidade de ir ao encontro de pessoas que passam muita dificuldade e situações de muita pobreza. “Estamos com a expectativa de dar o melhor. Também pensamos muito no que isso vai agregar na nossa vida, o que vamos aprender convivendo com eles”, afirma. “Estou indo para dar o meu melhor e ser instrumento de Deus na vida dessas pessoas”, completa.
A missa de envio do grupo juiz-forano está marcada para o próximo domingo, 16, às 16h, na Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Benfica. O retorno dos últimos missionários está previsto para 5 de agosto.