Estudante busca doador de sangue para mãe que se recupera de câncer

“Doar sangue é um ato de amor”; “quem doa sangue, doa vida”. Embora frases como essas sejam replicadas à exaustão, na prática, o total de doações nem sempre é suficiente para atender à demanda de pessoas que necessitam de transfusão. O estudante de jornalismo Lucas Gabriel sabe bem disso, já que sua mãe, Dinalda Maria Machado, que se recupera de um câncer no sistema linfático, precisa de uma segunda transfusão de sangue.

O estudante iniciou uma batalha nas redes sociais na semana passada para conseguir alguém que pudesse realizar a doação. A primeira aconteceu na última quinta-feira, 6. “Minha mãe tem sangue do tipo AB+, então ela é receptora universal. Isso facilita muito achar um doador”, explica Lucas, ressaltando que este deve ser o último passo do tratamento, antes que sua mãe tenha alta do Hospital Universitário, onde está internada e passou por um autotransplante de medula óssea.

O estudante conta que o câncer se manifestou na mãe, pela primeira vez, em 2012. Após realizar sessões de quimioterapia e radioterapia por dois anos, a doença foi eliminada. Porém, em 12 de outubro de 2016, o câncer voltou de forma mais agressiva. “O tumor atingiu o lado direito do pescoço, e o risco de morte era grande. Novamente, ela passou por sessões de quimioterapia, e os médicos optaram por realizar o autotransplante de medula”, conta Lucas.

O procedimento cirúrgico, que é feito com as células do próprio receptor, foi realizado com sucesso recentemente. Porém, a eficácia do transplante está diretamente ligada à quantidade de plaquetas no sangue. Logo, a transfusão visa assegurar o aumento de células sanguíneas e, assim, garantir que a medula implantada não seja rejeitada pelo organismo.

BANCO DE SANGUE EM QUEDA

De acordo com a Fundação Hemominas, o estoque do banco de sangue registrou queda de 30% neste mês em Juiz de Fora e demais unidades da rede no estado. “O período de inverno é crítico para todas as unidades da Fundação. Nesta época do ano, aumentam os casos de pessoas gripadas ou resfriadas. Com isso, elas consomem medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios, que impedem a doação de sangue. Esse é um dos fatores que contribuem para a diminuição de doadores nos hemocentros”, avalia Lidiane Moura, responsável pelo setor de cadastro e captação de doadores do Hemocentro de Juiz de Fora.

Atualmente, a meta de captação para manter o estoque do banco de sangue do município em uma situação confortável é de 160 doadores por dia. Porém, na última semana, esse número oscilou de 80 a 95, uma redução média de aproximadamente 50%. “Todas as pessoas que comparecem ao Hemocentro passam por uma triagem clínica. Logo, nem todas são consideradas aptas para realizar a doação. Na quinta-feira, 6, por exemplo, tivemos 94 candidatos à doação, mas apenas 73 bolsas foram colhidas”, finaliza.

Os pré-requisitos para doação de sangue estão disponíveis no site hemominas.mg.gov.br.




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.