O Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), realizou, em treze anos, 308 procedimentos de transplante de medula óssea (TMO), tratamento realizado no caso de algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Desse total, 28 são transplantes de medula óssea alogênicos aparentados, quando o doador é um parente, (programa implantado mais recentemente no hospital) e 280 são transplantes autólogos, em que a medula é retirada da própria pessoa, congelada e implantada novamente no paciente.
Segundo informações da UFJF, esse é um tipo de tratamento que consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
NOVOS PLANOS
O centro tem a intenção de ampliar os transplantes fazendo o cadastramento da modalidade alogênicos não aparentados, de um doador que não é da mesma familia do paciente.
. O programa tem parceria com algumas instituições, como a Fundação Ricardo Moysés Júnior, a Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer), o Hemocentro Regional de Juiz de Fora e o Hospital Santa Casa de Misericórdia, envolvendo profissionais das áreas de Medicina, Imunologia, Enfermagem, Serviço Social, Hemoterapia, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia, Patologia, Farmácia e Bioquímica.
O responsável técnico da Unidade de Transplante de Medula Óssea, Abrahão Hallack, ressaltou a importância de o serviço ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É o único centro que realiza o transplante pelo SUS na Região e no interior do estado, atendendo a pacientes de Minas Gerais, e de outros estados”, afirma Hallack.
DOAÇÕES
O médico reforça que é importante ter um aumento de cadastros de doadores. “É importante aumentar o cadastro para aumentar também as chances de encontrar um doador não aparentado”, afirma o responsável.
Para se tornar um doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
Para se cadastrar, o candidato deverá procurar o Hemocentro da cidade, agendar uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, fazer a coleta de uma amostra de sangue para a tipagem de características genéticas importantes para a seleção de um doador. Os dados do doador são inseridos no cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Caso seja confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.