Infestação, problemas com equipamentos e falta de estrutura e de profissionais foram alguns dos problemas apontados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) após vistoria realizada no Hospital Regional Doutor João Penido.
A fim de tentar solucionar o caso, o Sindicato entrou em contato com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e com o Ministério Público (MP). Também foi solicitada uma reunião junto à direção do hospital. Após protocolar a reclamação, será estipulado um prazo para que as demandas sejam atendidas. Caso o período não seja respeitado, as solicitações serão levadas para a central sindical, em Belo Horizonte.
De acordo com a diretora do Sindicato Lenir Romani as demandas são referentes à parte estrutural do hospital, equipamentos e médicos. “ O relatório realizado pelo sindicato aponta uma infestação de cobras e ratos dentro das alas, do refeitório e no pátio do Hospital. Além de apontar a falta de medicamentos essenciais, equipamentos de Raio-X quebrados, monitores cardíacos e sensores com defeitos, falta de funcionários, mobiliários quebrados entre outras demandas”, informou.
Além disso, outra informação apresentada pelo sindicato, aponta que pacientes e acompanhantes podem correr o risco de contaminação e infecção, uma vez que o hospital tem um espaço reduzido entre as camas e não conta com uma ventilação adequada nas alas. “Os problemas já ocorrem há bastante tempo, alguns deles desde a gestão municipal anterior”, afirma a diretora do Sindicato.
Outro ponto que preocupa o sindicato é a maternidade. “No local, duas das três salas de parto estão interditadas devido à precariedade da infra-estrutura e isso faz com que o hospital não possa atender a demanda de grávidas de toda a região”, informou Lenir.
RESPOSTAS
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que é responsável pelo Hospital João Penido informou que o serviço de segurança do trabalho do hospital realiza constantes ações e treinamentos preventivos para evitar ocorrências dessa natureza [infestação de animais].
O Hospital localiza-se em área rural com vasta vegetação no entorno o que favorece o eventual surgimento de animais peçonhentos em suas dependências. Destaca-se que a supressão vegetal para a construção de um supermercado, próximo à unidade, favoreceu um aumento de ocorrências envolvendo o aparecimento desses animais em nossa instituição recentemente”.
A Fhemig e o Hospital Regional João Penido trabalham com planos de contingência em prol da segurança do paciente, não permitindo a desassistência e o risco aos usuários. Casos pontuais [de falta de funcionários] são contingenciados por autorização de horas extras, não permitindo prejuízos no atendimento aos usuários. Em função de alguns pedidos de exoneração e aposentadoria, o quadro de funcionários do Hospital está sendo reposto, cumprindo os critérios e procedimentos exigidos na legislação, respeitando também a lei de responsabilidade fiscal.
Alguns equipamentos que estão em manutenção, o que não causa desassistência, visto que temos contratos para terceirização dos exames, quando necessário. Quanto à maternidade a Fhemig informou que isso pode ser verificado pelas estatísticas de produção do Hospital Regional João Penido que indicam a taxa de ocupação de 74,55% em fevereiro, 86,29% em março e 88,75% em abril, ultrapassando a meta preconizada pelo SUS, que é de 80% em cada mês.