Força-tarefa vai investigar roubo a empresa de segurança

Após ouvir as vítimas do sequestro, que resultou no assalto a empresa de transporte e segurança, a Polícia Civil informou que uma força-tarefa foi montada para investigar o caso. A equipe será comandada pelos delegados Armando Avólio Neto e Sheila Oliveira.

Durante as investigações, a Polícia Militar (PM) encontrou o carro do gerente da empresa e uma caminhonete que foram usados na ação. Os veículos foram localizados em um galpão no bairro Fontesville, zona Norte. Celulares, touca ninja, uma cópia do mapa de Juiz de Fora e uniformes da empresa também foram apreendidos.

MATERIAIS SUSPEITOS

A Polícia Militar apreendeu alguns materiais que podem ter relação com o caso. De acordo com o Registro de Evento de Defesa Social (Reds), no final da tarde desse sábado, 3, militares foram informados que em uma caçamba de entulhos, localizada na Rua Porto Alegre, no bairro Novo Horizonte, Cidade Alta, havia objetos suspeitos.

Os policiais foram até o local e encontraram sete sacos plásticos, um chip de celular, dois manuais de instrução de uso de chip pré-pago, dois plásticos de armazenamento de chip, quatro caixas de papelão de munição, duas caixas para armazenamento de munição, dois pares de luvas de pano, uma touca ninja, uma máscara de proteção de vias aéreas, uma máscara de borracha de face humana, um blister de munição, uma camisa de botão e um jaleco com inscrições referentes a outras empresas.

Todos os itens foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.

O CASO

O gerente da empresa relatou à PM que saiu do trabalho por volta de 18h10 dessa quinta-feira, 1º junho, e foi para casa. Ao chegar no estacionamento de seu prédio, por volta de 18h40, foi abordado e rendido por dois indivíduos armados. Os homens o levaram para um carro e o manteve detido por cerca de vinte minutos. Nesse período, eles foram até o apartamento do gerente e renderam a esposa dele. Em seguida, informaram ao gerente o que estava acontecendo, dizendo que acompanhava a vida dele há algum tempo, inclusive durante viagens a Belo Horizonte. Durante a ação, o motorista do casal, acompanhado de sua esposa, chegou ao local e também foram rendidos.

Os assaltantes começaram a perguntar ao gerente como fariam para entrar na empresa. Ele informou a dupla que os vigilantes não abririam a porta, por isso, eles não iriam conseguir entrar na empresa. Os homens ficaram insatisfeitos com a reposta e levaram os reféns para um carro, prendendo o gerente dentro do porta-malas. Os reféns foram levados para uma granja, situada em Monte Verde.

As vítimas foram ameaçadas de morte no local e um dos homens informou à esposa do gerente que o filho do casal também foi rendido em Belo Horizonte, e caso não houvesse colaboração eles matariam o jovem. O gerente afirmou que durante o período em que foi mantido no cativeiro, ele foi torturado física e psicologicamente para passar informações da empresa.

Por volta de 5h da manhã dessa sexta-feira, 2, o grupo saiu do cativeiro e foi para a casa de um vigilante, localizada no bairro Linhares, zona Leste. O homem, junto com a sua família, também foi rendido. Em seguida, foram para a empresa e aguardaram até o horário em que o vigilante iria fosse trabalhar e rendesse o outro funcionário do período noturno. Após a rendição, os autores obrigaram que o gerente ligasse para o vigilante e mandasse que ele abrisse o portão. Assim que entraram na empresa, os homens renderam os demais funcionários e os obrigaram a ficar de joelho em um banheiro.

O dinheiro roubado foi colocado dentro do carro do gerente e homens fugiram em um comboio com vários veículos escoltando.

As vítimas afirmaram que pelo menos doze indivíduos armados de pistola e fuzil, todos encapuzados, participaram da ação, e que, durante o assalto, um homem usando uniforme de uma empresa de telecomunicações, cortou o fio da internet, impedindo que as câmeras registrassem o crime.




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