Uma mulher de 27 anos denunciou o ex-companheiro, 39 anos, por ter estuprado o filho do casal de apenas dois anos. O caso foi registrado na noite dessa terça-feira, 30, quando a Polícia Militar (PM) foi acionada e compareceu a UPA do bairro Santa Luzia, zona Sul, onde mãe e filho estavam.
A mãe relatou que desde que o ex-marido entregou o filho, após passarem o final de semana juntos, percebeu que a criança apresentava comportamento estranho, estava quieto, não queria tomar banho e demonstrava que estava com medo de algo. Por volta do meio dia da terça-feira, a criança falou com a mãe e a avó “remédio, meu bumbum está dodói”. Ao verificar o que estava acontecendo, as mulheres viram que a cueca do menino estava suja de sangue e ao questioná-lo sobre o que tinha acontecido, a criança respondeu “papai colocou a barriga em cima de mim e machucou meu bumbum”. Sendo assim, as mulheres se deslocaram até a unidade de saúde.
Há aproximadamente um mês, a mãe alegou que encontrou o filho tocando o próprio pênis no banheiro e após indagá-lo, o menino respondeu “papai faz isso comigo”. A mulher perguntou ao ex-companheiro sobre o ocorrido, porém ele a coagiu dizendo que “conhecia pessoas influentes na política” e que, com isso, “iria processá-la e acabar com a sua vida”.
A avó confirmou a versão dos fatos da mãe da criança e afirmou que o relacionamento entre eles teria terminado, pois o ex-marido seria homossexual. Ela também falou que a cueca não poderia ser entregue aos militares porque a bisavó da criança lavou as roupas da família, inclusive a peça suja de sangue.
A vítima foi encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde foram realizados os exames de praxe que comprovaram que a criança foi violentada. O médico perito da unidade hospitalar realizou os exames e constatou lesões compatíveis a prática de ato libidinoso.
Os militares gravaram um vídeo, no qual um dos policiais conversa com a vítima, que contou a mesma versão da mãe e avó, sem que tivesse presenciado o depoimento de ambas. Conforme registrado pela PM, o menino também urinou nas calças duas vezes quando o nome do pai foi mencionado.
Em contato com o pai da criança, ele negou os fatos e permaneceu calado. Porém, concordou em ir ao HPS para realizar exames de sangue para testes de risco biológico. Antes da conclusão do registro da ocorrência, a mãe do menino informou aos policiais que o exame de sangue confirmou que o ex-companheiro é portador de sífilis, e por isso, a criança foi encaminhada a um infectologista.
O homem não foi detido visto o lapso temporal entre a ocorrência do fato e a constatação do possível crime, que será investigado pela Polícia Civil.