Garantir qualidade de vida, socialização e dignidade para o ser humano. Esse é o objetivo das residências terapêuticas, que desde 2013, acolhe pacientes, que antes eram internos de hospitais psiquiátricos. São 29 casas, que abraçam 286 pessoas, com cerca de 10 moradores por unidade, e contam com profissionais 24 horas, incluindo cuidadores, além de enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. “O serviço residencial terapêutico é uma moradia. Tem a função de ser um ambiente comum, que carrega a intimidade de cada usuário e promove um espaço de convivência”, explicou a gerente do Departamento de Saúde Mental, Andreia Stenner.
Andreia destacou, também, que o município está proporcionando uma nova realidade e melhor tratamento a esses usuários. “Os moradores estão ali para retomar o cotidiano de suas vidas. Coisas que são simples e rotineiras para nós, como arrumar seu próprio armário, abrir a geladeira, ligar a TV, não era de costume para essas pessoas, que ficaram tanto tempo nos hospitais. Nossa proposta é o resgate da cidadania”, acrescentou.
A gerente esclareceu, ainda, que os pacientes são selecionados de acordo com a portaria n° 3.090 Ministério da Saúde, e são pessoas provenientes de longas internações em hospitais psiquiátricos ou, de custódia. Além disso, os moradores realizam várias oficinas nos Centro de atenção psíquico social (CAPS) e recebem a visita de familiares e pessoas próximas. “Não se trata de uma restituição, é a casa dos pacientes. Então, a família e os amigos que eles fazem pela vizinhança, realizam visitas na hora que eles querem receber”, lembrou. “É importante reforçar que a residência terapêutica é uma moradia e nela, estão os pacientes crônicos que moravam no hospital psiquiátrico e, muitos deles, ficaram quase 40 anos internados. Retiramos eles dos hospitais, para dar um mínimo de qualidade de vida”, finalizou.