Estudantes e trabalhadores se reuniram em ato relâmpago contra o governo de Michel Temer e as propostas das reformas Trabalhista e da Previdência no fim da tarde dessa quinta-feira, 18. Milhares de manifestantes, segundo a organização, ocuparam o Parque Halfeld aos gritos de “Fora Temer” e pedindo a retirada das reformas Trabalhistas e da Previdência.
A estudante do Colégio de Aplicação João XXIII e integrante do movimento estudantil “Ocupa João”, Giovanna Machado Cassimiro, ressaltou que os jovens devem ir às ruas para luta de seu futuro. “Todos dizem que somos o futuro do Brasil, por isso, nós, estudantes, estamos lutando para um futuro. Os jovens deveriam ter consciência disso. Não é uma luta só para gente, mas também para as próximas gerações”, afirmou.
Durante o protesto, os manifestantes enfatizaram o desejo de retirada do poder de Temer e o senador Aécio Neves. O assessor sindical do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora (STIM/JF), Chico Oliveira, ressaltou que a população desempenha um papel importante neste momento para que isso aconteça. “As manifestações já começaram na noite da publicação das denúncias. Nessa quinta-feira, trabalhadores de várias cidades também se mobilizaram”, falou. O sindicalista afirmou que há possibilidade de uma nova manifestação acontecer no domingo, 21. “Com certeza, será um ponto crucial para a manifestação no dia 24 em Brasília”, completou.
Para o trabalhador, a tendência é que aumente o número de pessoas nas ruas. “A movimentação é grande para ter eleições diretas para o país andar”, falou Oliveira.
A Coordenadora da Subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute) de Minas Gerais, Victória Mello, também reforçou que a classe trabalhadora deve se mobilizar frente aos acontecimentos. “Nós queremos derrubá-lo nas ruas. Essa é a tarefa do povo e da classe trabalhadora e não queremos que seja pelo Judiciário ou por parlamentares”, falou.
Victória solicitou que os trabalhadores permaneçam nas ruas. “É muito importante, que a classe trabalhadora que está indo às ruas desde o dia 8 de março permaneça nas ruas e que a adesão aumente cada vez mais”, disse a sindicalista, que sugeriu que os trabalhadores realizem uma nova greve geral.
Para o diretor da Associação dos Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes-JF), Rubens Luiz Rodrigues, a divulgação das denúncias e a nova conjuntura política pede que a classe trabalhadora reforce a manifestação. “Não vamos aceitar a retirada de direitos dos trabalhadores. O Governo não vai mais colocar ameaças sob a população, até porque ele está mostrando métodos utilizados e quem ele está favorecendo. Vamos mostrar que temos força para derrubá-lo”, finalizou.
Após os manifestantes discursarem em frente à Câmara Municipal, eles saíram em passeata, que seguiu pela Avenida Rio Branco – Rua Floriano Peixoto – Avenida Getúlio Vargas – Rua Halfeld. O trânsito chegou a ficar complicado em alguns pontos, mas o ato seguiu de forma pacífica.