O cantor e compositor cearense Belchior morreu, aos 70 anos, na madrugada do último domingo, 30, em Santa Cruz do Sul (RS). Até o momento a causa da morte não foi divulgada. O governo do Ceará providenciará o translado do corpo para Sobral, cidade natal do artista, respeitando seu desejo de ser enterrado no município onde nasceu.
O governador do Ceará, Camilo Santana, lamentou, por meio de sua página no Facebook, a morte do artista e disse que o Governo do Estado decretou luto oficial de três dias. “Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Ele foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no país, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará e do Brasil. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior”, diz Santana na publicação.
Belchior experimentou o sucesso pela primeira vez nos anos 1970, ao lado do conterrâneo Fagner, com a canção”Mucuripe”. Em sua estreia, o artista contou com o apoio de Elis Regina, que ajudou a impulsionar sua carreira. Antonio Carlos Belchior fez história na música até 1999. Distante dos holofotes nas duas última décadas, ele se consagrou no cenário musical com obras icônicas. Uma delas foi o álbum “Alucinação” (1976).
Entre as composições mais famosas do artista estão “Galos, noites e quintais”, “Paralelas”, “Apenas um rapaz latino-americano” e “Medo de Avião”. Em outubro de 2016, mês do aniversário do artista, a gravadora Universal Music lançou uma caixa (coletânea) intitulada Três tons de Belchior. O trabalho é um resgate dos álbuns “Alucinação”, “Melodrama” (1987), e “Elogio da loucura” (1988), com reedições em CD.