Apontada pelo governo como essencial para dar sustentabilidade às contas públicas, a reforma da Previdência irá evitar que soluções “radicais” sejam tomadas no futuro para conter o déficit do sistema. Com a alteração das regras de aposentadoria, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse, nessa terça-feira 25, que o Brasil não precisará adotar medidas como redução de benefícios.
“No caso de outros países, reduziram benefícios, congelaram salários… Tiveram de fazer uma reforma radical. Temos a oportunidade de não passar por isso”, disse o ministro, citando os problemas previdenciários enfrentados por países como Espanha e Portugal.
Durante apresentação no seminário “Correio debate: a reforma da Previdência”, Oliveira ressaltou que a proposta do governo federal é “gradual” e impedirá o País de alterar as regras previdenciárias em uma situação de maior descontrole das contas públicas.
“Não tenho dúvidas que o Brasil está tendo oportunidade ímpar de fazer uma reforma da Previdência onde o país está decidindo”, afirmou o ministro. Na visão dele, o aumento crescente das despesas previdenciárias irá tornar o orçamento federal “inviável”, já que a maioria dos recursos será usada para pagar aposentadorias.
Atualmente em análise na Câmara dos Deputados, o texto da reforma da Previdência prevê a adoção de uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres acessarem ao benefício. Em 2016, o déficit da Previdência, no regime geral, atingiu R$149,7 bilhões. Para este ano, a cifra pode chegar a R$202,2 bilhões caso a proposta não seja aprovada.
MAIS CRESCIMENTO
Para o ministro, os indicadores econômicos já mostram reação da economia brasileira depois de uma longa recessão econômica. No entanto, alertou, a sustentabilidade e o crescimento da economia só virão diante da consolidação das reformas econômicas.
“Isso depende fundamentalmente de termos a aprovação das reformas. A primeira delas é a da Previdência”, apontou o ministro, citando, também, as reformas trabalhista e tributária, também em análise do Congresso Nacional.
Fonte: Portal Brasil