Na véspera do Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, a Secretaria de Saúde (SS) começa a colocar sob holofotes alguns serviços e ferramentas do gerenciamento da saúde pública na cidade que são importantes e devem ser conhecidos e discutidos pelos juiz-foranos. O primeiro deles é o Protocolo de Manchester e sua importância para um atendimento adequado para todos nas unidades de Urgência e Emergência. O paciente no local certo, no tempo certo, sendo atendido pelo profissional certo. É este o objetivo do protocolo de acolhimento por classificação de risco, que funciona nas seis unidades de urgência e emergência da cidade.
Mas o que é este sistema e qual sua importância? De acordo com a subsecretária de Urgência e Emergência, Adriana Fagundes, o Protocolo de Manchester é um sistema de atendimento humanizado, que considera as queixas dos pacientes, faz análise e classifica sua demanda por cor: emergente (vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarela), pouco urgente (verde) e não urgente (azul), deixando de lado o antigo atendimento por ordem de chegada, que não priorizava os casos mais graves. Para Adriana, o protocolo, implantado na cidade em 2013, tem inúmeras vantagens, e a primeira delas é a garantia de atendimento a todos os pacientes de forma a preservar suas vidas, o que também é um respaldo para profissionais da saúde, que têm a tranquilidade de saber que todos passaram pelo acolhimento e que, portanto, não há pacientes emergentes aguardando nas salas de espera.
Outro impacto é a reorganização da lógica de atendimento de todos os níveis de atenção à saúde, levando o paciente ao serviço certo para seu tipo de necessidade, no tempo que ele precisa. “Alguns usuários ainda veem o protocolo como uma barreira, mas, na verdade, é exatamente o oposto, ele garante a todos acesso ao serviço na proporção que cada um necessita”, ressalta Adriana. Na avaliação da subsecretária, a implantação do protocolo foi um enorme avanço, agilizando o atendimento, e que o maior desafio hoje é a conscientização da população.
“Precisamos que os usuários confiem neste acolhimento, que é feito por médicos e enfermeiros capacitados para tal. Se o usuário entra no sistema pelo protocolo, ele será atendido, com certeza, no tempo e no local mais adequado para seu problema. Por isto escolhemos falar sobre isto na Semana Mundial da Saúde. Os usuários precisam conhecer o protocolo e o porquê de ele existir, que é o seu próprio benefício”, chama atenção a secretária de Saúde, Elizabeth Jucá.
O Protocolo de Manchester é um modelo reconhecido e usado mundialmente e validado pela comunidade científica internacional. O sistema foi implantado nas seis unidades de urgência e emergência do município, sendo três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na Regional Leste, no Pronto-Atendimento Infantil (PAI), além do Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Confirma a classificação do Protocolo de Manchester
Emergência– vermelho – Caso gravíssimo com necessidade de atendimento imediato RISCO DE MORTE – atendimento imediato
Muito urgente – laranja – Caso grave com necessidade de atendimento em 10 minutos RISCO SIGNIFICATIVO – 10 minutos
Urgente – amarelo – Caso de gravidade moderada com necessidade de atendimento SEM RISCO IMEDIATO – 1 hora
Pouco urgente – verde – Caso para atendimento preferencial ATENÇÃO PRIMÁRIA – 2 horas
Não urgente – azul – Caso para antedimento na unidade de Saúde PODERÁ AGUARDAR ATENDIMENTO – 4 horas.
Fonte: Assessoria / PJF