Conselheiros tutelares de Juiz de Fora se uniram e registraram nessa terça-feira, 28, uma ação no Ministério Público (MP), solicitando providências com relação à paralisação do sistema de ensino em Juiz de Fora, contra a reforma da Previdência, que ocorre desde o dia 15. O processo foi protocolado na Promotoria de Justiça da Vara da Infância e Juventude.
De acordo com o conselheiro tutelar da região Leste, Mario Lúcio de Souza, a greve está violando o direito fundamental à educação de crianças e adolescentes, uma vez que as escolas encontram-se totalmente fechadas. “A nossa preocupação é a falta de aula. Quer dizer: essa greve vai durar até resolver o problema? E as crianças, continuarão sendo prejudicadas? Isso não pode. Algo tem que ser feito”, comentou.
O integrante reforçou, também, que o órgão não é contrário à manifestação, no entanto, existem outras formas de protestos. “Os professores podem realizar o movimento que quiserem desde que não prejudiquem as crianças e os adolescentes. Eu acredito que, em uma greve, parte do serviço público tenha que operar, não pode parar todo mundo. Ao menos uma parte da escola deveria funcionar. Essa seria a coisa certa a fazer, pois os alunos e os pais estão sendo prejudicados. Imagina a situação em que os pais já se programaram para trabalham e as crianças estão o tempo todo em casa? É complicado”, destacou.
Souza ressaltou, ainda, que todos os meses os integrantes se reúnem. A decisão foi tomada pelos 11 conselheiros presentes. “Aproveitamos o último encontro e resolvemos entrar com a ação. Alguns pais nos procuraram, pois as crianças estão em casa há mais de 15 dias. Tivemos que tomar uma posição”, explicou. “Vamos esperar agora o que o Ministério Público vai fazer. Ele quem vai decidir”, finalizou.