LirAa aponta risco de epidemia de dengue em JF

Atualizada às 22j40 de 22/03/2017

A Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou nessa quarta-feira, 22, o resultado do segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2017, o percentual ficou em 4,8%. De janeiro até agora, a cidade notificou cerca de 98 casos suspeitos de dengue, contra 19.746 em 2016, 229 em 2015, 118 em 2015 e 1.058 em 2013.

A SS informou, também, que durante uma semana, agentes de endemias visitaram 6.044 imóveis localizados em 209 bairros, e comprovaram que as propriedades particulares continuam sendo o principal alvo de preocupação, acumulando 85% dos focos. “Temos uma equipe atendendo durante o ano todas as denúncias que são direcionadas para o disque dengue, além dos agentes fazendo a vistoria nas residências da cidade”, comentou o coordenador de campo de ponto de apoio a dengue, Juvenal Franco.

Apesar de ser considerado pelo Ministério da Saúde (MS) risco de epidemia, o índice é o mais baixo desde março de 2013, quando foi registrado 7,7%. Em 2015, foi registrado 6,8%. Em 2014 e 2016 não foram realizados Liraa neste período do ano. Os bairros onde há maior incidência de infestação foram Nova Benfica, Bandeirantes, Parque Guarani, Santa Terezinha, Santa Cândida, Borborema, Mundo Novo e Nova Era.

De acordo com a Secretaria, o número de notificações de casos de dengue também é o menor desde 2013, considerando os três primeiros meses do ano. Esta baixa incidência está relacionada a um conjunto de fatores, como a condição climática e principalmente questões relacionadas à melhoria do trabalho de campo, com a regionalização da ação dos agentes de endemias, além do cuidado constante nos pontos estratégicos, visitados a cada 15 dias, sem contar as ações de combate, como o fumacê.

Com o resultado da LIRAa, a PJF reforça as ações que já vêm sendo tomadas durante o ano, para prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunia e febre amarela. A população está sendo orientada sobre os cuidados dentro de suas casas, além da aplicação do fumacê nos locais onde há índice maior de infestação ou onde foram notificados casos. “Dentro da nossa programação, durante todo ano, os agentes que fazem parte da educação e saúde, realizam palestras em escolas, empresas, com o objetivo de orientar as pessoas”, concluiu.

CONHEÇA A DIFERENÇA ENTRE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

De acordo com o MS Dengue, zika e chikungunya são três infecções transmitidas pelos mesmos vetores, os mosquitos Aedes aegypiti e o Aedes albopictus.

“Existe uma grande dificuldade em diferenciar as doenças, pois elas apresentam quadro febril agudo. Elas possuem sintomas parecidos, mas algumas características podem ajudar a diferenciá-las.”, comentou o chefe do setor de Vigilância em Saúde e Segurança do paciente no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rodrigo Daniel de Souza. (Confira as diferenças entre as doenças no quadro abaixo)

De acordo com o especialista, não existe tratamento específico para as infecções por estes vírus. A orientação do Ministério da Saúde é que na presença de qualquer sintoma, o paciente procure a unidade de saúde mais próxima. Além disso, deve fazer repouso e ingerir de bastante líquido durante os dias de manifestação de sintomas.

“A pessoa infectada com um quadro febril aguda deve passar por uma consulta médica”, explicou.

Alguns medicamentos como ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue. Por isso, ao apresentar os sintomas à pessoa não deve se automedicar. “Não se deve utilizar esses medicamentos, pois eles podem alterar a função da plaqueta e fomentar o risco no caso de um eventual sangramento”, finalizou.

quadrodzc.png




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.