Trabalhadores paralisam contra Reforma na Previdência

O Sindicato dos Professores da rede municipal de Juiz de Fora (Sinpro-JF) aprovou nessa quinta-feira, 9, em assembleia geral, greve por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira, 15, contra a Reforma da Previdência, que será votada na próxima semana. A categoria se une aos professores estaduais e aos bancários, que realizaram assembleias na quarta-feira, 8, e a outros trabalhadores.

“O atual governo está instituindo propostas que nos prejudicam. Também protestamos por fatores internos, como os problemas que a classe vem sofrendo em relação aos atrasos de salário e defasagem do piso dos professores de modo geral”, esclareceu a coordenadora da Subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute) de Minas Gerais, Victória Mello.

A classe estadual, que também estará em greve por tempo indeterminado, também reivindica o pagamento do 13º salário que foi parcelado. “Com os professores unidos conseguiremos fazer um arrouche no governo e impedir que sejam implantadas tais medidas que nos prejudicam como profissionais e cidadãos”, completou Victória.

De acordo com a coordenadora, no dia 27 de março, em nova assembleia, os professores discutem as medidas a serem tomadas caso a paralisação não tenha o efeito esperado.

BANCÁRIOS

O presidente do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf), Watoira Antonio de Oliveira, disse que a decisão foi unânime, afinal, com as reformas que o governo está querendo instituir, todos os trabalhadores serão prejudicados. “É impossível que um ser humano fique trabalhando até os 70 anos, eu mesmo não imagino se conseguiria ter condições de atender um cliente ou algo do tipo”, ressaltou.

Segundo o sindicalista, nem todos os sindicatos da região aderiram à paralisação. “Alguns estão cogitando a possibilidade, e outros são completamente a favor das medidas impostas pelo atual governo”, esclareceu.

Em relação à participação do Sintraf, no movimento, Oliveira disse que até o momento foi decidido apenas à adesão ao próximo dia 15, haja vista que a votação da PEC-287 acontecerá no dia seguinte. “Acredito que realizar uma reforma na Previdência nessas condições, é algo realmente inviável para toda a sociedade”, finalizou.

GREVE GERAL

Também aderiram ao movimento professores da rede federal e privada, servidores públicos municipais, técnicos administrativos em educação da UFJF, trabalhadores rodoviários e metalúrgicos e movimentos estudantis.




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