O governador Fernando Pimentel empossou nessa quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, no Palácio da Liberdade, 34 integrantes do Conselho Estadual da Mulher (CEM), entre titulares e suplentes. O órgão é vinculado à Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) e tem caráter deliberativo e consultivo para promover ações em favor dos direitos das mulheres.
Em seu discurso, Pimentel destacou o foco de seu governo em ouvir as demandas das mulheres e desenvolver políticas públicas que transformem efetivamente a realidade, tendo as mulheres como agentes de mudanças.
O governador manifestou preocupação com os números da violência contra as mulheres no estado e no país como um todo. “A gente sabe da gravidade da violência de gênero e vem agindo, desde o início do governo, para melhorar esse cenário. Somos um estado de maioria feminina mas, ainda assim, e apesar de os números estarem em queda, a cada hora 14 mulheres sofrem violência doméstica em Minas Gerais, e 600 mulheres a cada grupo de 100 mil mulheres”, pontuou.
“As mulheres negras sofrem ainda mais. Dados nacionais mostram isso. Em 10 anos, houve queda de 10% nos homicídios de mulheres brancas e aumento de 54% nos assassinatos de mulheres negras. Um completo absurdo. Os números são estarrecedores e não podem continuar assim”, destacou o governador.
Segundo Pimentel, além do conselho estadual, outras iniciativas estão sendo adotadas no estado, entre elas o programa Ônibus Lilás, que atende mulheres vítimas de violência em comunidades quilombolas e rurais de difícil acesso. Também será criado o Observatório de Gênero e Raça, como uma rede acadêmica de estudos e pesquisas sobre a situação social da mulher mineira.
Pimentel lembrou que ações como o fortalecimento do Conselho Estadual da Mulher representam uma alternativa na construção de uma democracia plena. “Não podemos e não vamos perder nossos sonhos por conta desses solavancos momentâneos na estrada da história. Vamos continuar nossa luta. Para quem viveu tempos sombrios, como muitos de nós aqui, e achava que o autoritarismo já tinha se transformado em matéria de livro de escola, era quase impossível imaginar que a palavra democracia poderia ser colocada em xeque como está sendo agora. Mas é bom lembrar que a democracia só existe de fato quando há igualdade plena entre homens e mulheres”, salientou, ressaltando, como exemplo, as diferenças salariais entre os gêneros.
Fonte: Agência Minas