O início do ano é uma época em que muitas pessoas tiram para viajar e descansar. No entanto, para que os passeios ocorram sem nenhum problema, é necessário estar com a caderneta de imunização em dia, prevenindo-se contra diversas doenças.
O cartão de vacinação é um documento indispensável durante o desenvolvimento de uma criança. No entanto, após os 15 anos, ao terminar o calendário oficial de vacinação, muitas pessoas se esquecem de que devem continuar a ser imunizadas contra uma série de doenças. Além disso, manter o cartão de imunização em dia é indispensável para ter controle sobre as vacinas que já foram aplicadas e as que necessitam ser administradas.
“Atualmente o Calendário Básico de Vacinação é composto por 14 vacinas que foram colocadas à disposição da população após diversos estudos e comprovação de segurança e eficiência”, afirma a Diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Janaína Fonseca Almeida.
A falta de algumas vacinas ou de sua comprovação pode impedir viagens internacionais ou para áreas endêmicas. “Manter o cartão de vacinação em dia é fundamental para que o indivíduo se proteja contra diversas doenças infecciosas que circulam não só no Brasil, mas também em outros lugares do mundo”, analisa Janaína Almeida.
A vacina contra febre amarela, por exemplo, deve ser administrada pelo menos dez dias antes da viagem para aqueles que nunca se vacinaram anteriormente. “Como medida de controle da febre amarela, alguns países exigem dos viajantes o “Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia” (CIVP) para o ingresso em seu território”, afirma a especialista.
O atual esquema vacinal contra febre amarela é composto por uma dose aos nove meses de idade e um reforço aos quatro anos. Para indivíduos a partir de cinco anos de idade que receberam uma dose da vacina antes de completar cinco anos é necessário administrar um reforço; para pessoas que nunca foram vacinadas ou não possuem comprovante de vacinação é necessário administrar a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos.
Indivíduos que já receberam duas doses da vacina ao longo da vida já podem ser considerados vacinados e não precisam do reforço de 10 em 10 anos. É importante frisar que as vacinas geralmente têm um período que varia entre 10 dias a seis semanas até atingir a proteção esperada. “Por esse motivo é que as doses devem ser aplicadas com a devida antecedência à viagem”, conclui Janaína.
Para a emissão do CIVP a pessoa deve procurar os Centros de Orientação ao Viajante levando seu Cartão Nacional de Vacinação e um documento de identificação oficial. Em Minas Gerais, há quatro Centros de Orientação de Viajantes, dois deles públicos. O primeiro está localizado no Aeroporto de Confins e o segundo, na Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
Fonte: Agência Minas