Livro – Ensinamento da Verdade para Jovens Vol.1
Tenha Grandes Aspirações
As aspirações devem ser grandes. Uma pequena aspiração não é suficiente para fazer com que a pessoa exteriorize ao máximo a sua força; mas uma grande aspiração incita a pessoa a exteriorizar a coragem e a força latentes, tornando-a capaz de mobilizar os elementos ao seu redor e reunir numerosos colaboradores.
Uma pessoa sem aspiração é como um relógio sem mola. Mesmo que o relógio tenha muitos rubis que sirvam de suporte às engrenagens, se não tiver mola não servirá para nada. Do mesmo modo, apesar de você possuir um dom superior a incontáveis rubis, se não possuir aspiração, não terá forças para exteriorizá-lo. Acalentar uma grande aspiração já é por si fascinante e permitirá a você conquistar numerosos seguidores que o ajudarão a realizar uma grandiosa obra.
Incite constantemente a sua aspiração. Se deixar de incitá-la, ela desaparecerá rapidamente como um sonho fugaz. As grandes aspirações são estimuladas por altos ideais, e elas vão aumentando o seu ímpeto a cada vez que você avança. Se você não avançar, suas aspirações acabarão desaparecendo como um simples sonho. É com entusiasmo, esforço e prática que você conseguirá tornar real idade o seu sonho, ou seja, concretizar finalmente sua aspiração, realizando um grande empreendimento.
Jovens sem aspirações e sem sonhos são como cadáveres. Jovens sem ideais valem menos que velhos já sem vivacidade. Quem possui grandes aspirações, por mais pobre e insignificante que seja agora, alcançará no futuro o paraíso idealizado: a concretização do seu ideal do seu sonho. Isto porque a aspiração é a mola propulsora da vida.
O Sonho e o Ideal dos Jovens
Cada pessoa possui uma virtude, uma qualidade e uma missão que lhe são peculiares.
Você deve conhecer o seguinte conto infantil. Certo britador de pedras começou a se enfastiar de trabalhar na pedreira, onde ia todos os dias extrair pedras com seu martelo e talhadeira. Ele cismou que devia existir uma missão melhor e mais proveitosa para ele. Certo dia, o rei desse pais, acompanhado de uma grande escolta, foi visitar a pedreira. O britador ficou fascinado com o soberano e pensou que seria maravilhoso ser um rei. Orou e pediu a Deus que o tornasse também um rei. A prece foi ouvida e ele se tornou imediatamente um rei. Uma vez que se tornara rei, pensou que fosse o ser supremo; mas, quando estava passeando a cavalo no jardim externo, acompanhado de seus súditos, percebeu que havia algo superior a ele: era o Sol, que resplandecia bem acima dele. Ao vê-lo, o ex-britador quis ser um sol e orou a Deus: “Peço que me transforme num sol”. Ele se transformou em novo sol, num instante. Ele não cabia em si de alegria e brilhava radiante, convicto de que agora não existia nada superior a ele; nisso notou que havia algo interceptando seus raios. Olhou diante dele e verificou que era uma nuvem. “A nuvem é capaz de interceptar a luz do Sol; então, ela é superior ao Sol; quero ser uma nuvem”, pediu a Deus. Então, tornou-se uma nuvem, fez chover sobre a Terra e ficou apreciando as águas que corriam impetuosamente pelo arroio entre os vales. De repente, algo obstruiu o curso de água: era um rochedo. Por mais que o ex-britador – agora transformado em nuvem – fizesse chover fortemente, tentando remover o rochedo com a torrente de água, o obstáculo não se movia. Diante desse fato, ele ponderou que alguém capaz de destruir aquele rochedo – esse sim – seria o mais forte do mundo.