Livro – A Verdade Vol.9

Deus existe realmente?
Ao verem as infelicidades, as doenças, as desgraças, os conflitos, a opressão dos fortes sobre os mais fracos enfim ,toda sorte de sofrimentos humanos que existem neste mundo, assim bradam os que negam a existência de Deus: “Se existe Deus, por que criou um mundo tão imperfeito? Se Deus ê Amor, por que criou um mundo tão cruel?” E mesmo aqueles que buscam Deus, clamam desiludidos: “Acredito que Deus exista, mas não será Ele um ser destituído de Amor? Ou, embora sendo Amor, não Lhe estará faltando Força para concretizar Seu Amor? Será que não passa de mera imaginação a idéia de que Deus é perfeito, é amor, é sabedoria, é onipotente?” Escarnecem os ateus: “Tudo isso não passa de imaginação. Deus não existe. Aqueles que acreditam em religião não passam de uns tolos que, não supor tando os sofrimentos do mundo real, imaginam um ser superior e refugiam-se nessa fantasia”.
Deus existe realmente? Vamos refletir sobre isso com toda a sinceridade.

Por que surgem infelicidades em nossas vidas?
Antes, porém, de refletirmos sobre a existência ou não de Deus, procuremos saber por que surgem tantas infelicidades para as pessoas. Não será porque há um erro em sua maneira de pensar e de agir? Não estarão os homens excedendo-se na busca de coisas materiais, acreditando que somente a abundância material traz a felicidade? Sejam as rixas entre indivíduos, sejam os conflitos internacionais, não são, afinal, lutas entre semelhantes pela posse das coisas materiais?
Diante disso tudo, chegamos à conclusão de que o fundamental para acabar com as infelicidades deste mundo é fazer com que todos compreendam que as coisas materiais não são, afinal, tão valiosas a ponto de justificar tanto apego. Quando as pessoas pararem de disputar pela posse das coisas materiais, deixarão de ocorrer guerras e lutas de classe. Desaparecerá a insaciável ganância dos capitalistas, bem como desaparecerá a necessidade dos trabalhadores promoverem protestos, exigindo aumento de salários. Vamos refletir bem I sobre este assunto.

A pobreza existe na mente do Homem
Nossa felicidade e paz espiritual não dependem da quantidade de bens materiais que possuímos. Comparando um rei que viveu há 2.000 anos e uma pessoa sem renda que vive na época atual, concluinos que, em muitos aspectos, esta última tem uma vida mais privilegiada do que o primeiro. Por exemplo, o rei que viveu há 2.000 anos não podia ouvir rádio; mas uma pessoa que vive atualmente, mesmo pertencendo à camada mais inferior da sociedade, pode ouvir rádio. Poderíamos citar inúmeros exemplos que mostram que as pessoas de hoje, mesmo as mais pobres, desfrutam de certos privilégios que os reis da Antigüidade não possuíram. No entanto, sempre permanece em nós a Impressão de que os reis da Antigüidade tinham tudo e que as pessoas pobres que vivem na época atual nada têm. Por que isso? E que, na verdade, o que faz uma pessoa sentir-se rica ou pobre nem sempre é a quantidade de suas posses, mas a sua posição em relação aos outros. Por exemplo, mesmo que tenhamos um ótimo salário, sentir-nos-íamos pobres se vivêssemos no meio de pessoas cujo salário seja o dobro do nosso. Essa sensação vem sempre acompanhada de ciúme e inveja, em maior ou menor intensidade. E esses sentimentos de ciúme e inveja de coisas materiais é que geram todos os tipos de conflito entre os homens.




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