O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que a situação no Instituto Penal Agrícola de Bauru (SP) já está normalizada, com recaptura de alguns dos 200 presos que fugiram e retomada do controle da unidade.
Segundo Moraes, o tumulto no presídio começou após a apreensão, por um agente penitenciário, de um aparelho celular encontrado com um dos presos. “Ele recolheu esse celular e outros detentos se revoltaram com esse agente. Ocorreu uma fuga, mas 79 detentos já foram recapturados e está tudo na normalidade”, disse o ministro. Após a declaração de Moraes, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo informou que 90 presos já foram pegos.
O Instituto Penal Agrícola é uma fazenda que abriga presos em regime semi-aberto, segundo o ministro. “Lá é uma unidade onde normalmente há tranquilidade, em razão de ser de semi-aberto. Houve esse episódio que gerou tumulto, mas já retomou a normalidade”, reforçou.
RIO GRANDE DO NORTE
Moraes disse que os primeiros homens da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária devem começar a chegar ao Rio Grande do Norte a partir dessa quarta-feira, 25, quando a autorização dele para a liberação do grupo será publicada. A força-tarefa é o braço penitenciário da Força Nacional de Segurança e é composta por agentes penitenciários cedidos pelo Governo Federal e por governos estaduais para atuar em presídios onde ocorram rebeliões.
Antes da formação deste grupo, a Força Nacional não podia atuar em presídios, por ser composta basicamente por policiais militares. Os agentes penitenciários da força-tarefa são treinados e/ou têm experiência para atuarem nessas instituições e utilizarão equipamentos específicos. “Quem cuida de presos, quem sabe o protocolo em relação aos presos são os agentes penitenciários”, disse o ministro.
No total, a força-tarefa terá 100 agentes, dos quais uma parte irá imediatamente para o Rio Grande do Norte a pedido do governador Robson Faria. Eles vão ajudar a manter a ordem na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal enquanto ocorrem as obras de reconstrução do presídio, que foi depredado após a última rebelião.
Fonte: Agência Brasil