Empreendedoras apostam na bicicleta para abrir o seu negócio

O food truck foi um modelo inovador de venda de alimentos que cresceu no país nos últimos anos. Porém, já há empreendedores apostando em um modelo alternativo de venda itinerante: o bike truck. Há dois anos, Fabiana Amaral começou a venda de brownie. “Eu comecei a vender em casa, para padarias e restaurantes. Depois, passei a vender em aplicativos de pedidos de comida e atender a buffets”, disse. Porém, depois do início de seu empreendimento, ela pensava nos próximos passos.

“Por que não abrir uma loja? Mas eu precisaria de capital, o que seria inviável no momento. Então, pensei em um food truck. Ele seria meu e uma loja seria alugada, por isso, seria uma boa ideia. Porém engana-se quem pensa que ele é barato. É bem caro”, disse a empreendedora.

Durante as suas pesquisas, Fabiana viu que em São Paulo, algumas pessoas já estavam investindo no bike truck. “Era um investimento acessível. A minha bicicleta chegou um pouco antes do Natal”, falou. O ponto de lançamento do empreendimento foi o Independência Shopping. “Eu monto o brownie na hora. Coloco o recheio. Isso chama atenção por ser uma coisa nova. E também tem a possibilidade de atender várias pessoas em pontos diferentes”, falou a empresária que pretende levar o negócio para outros pontos.

Entre os benefícios deste tipo de empreendimento é, justamente, não precisar estar fixado em um ponto. . “A loja é um ponto fixo. Com a bicicleta, você pode atender em vários lugares e tem a facilidade de trabalhar em casa. Não ter gasto com uma loja e sim com uma bike, me proporcionou isso. Acho que está dando certo. Hoje, eu atendo aqui e amanhã, eu posso estar em outro lugar”, disse.

A empreendedora sentiu a receptividade positiva, por meio da página em uma rede social. “Muitas pessoas entraram em contato e elogiaram o produto”, exclamou. Atualmente, a empreendedora vende, além do brownie tradicional, brownie no pote, recheados e com cobertura. “São 30 sabores e o cliente pode escolher entre três tamanhos de pote. Nesse verão, eu achava que as minhas vendas iriam cair por que ninguém iria comer chocolate nesse calor, mas eu já achei uma solução: vou vendê-los acompanhados com sorvete”, confidenciou.

CHUP CHUP

Letícia Paiva, em entrevista ao jornal da TVE,contou que também estava procurando um investimento, mas devido ao alto custo de outros projetos, aderiu ao comércio sobre duas rodas. “Eu estava procurando algo para investir, mas tudo estava caro. Eu não tinha dinheiro para abrir um food truck ou uma loja, mas tinha dinheiro para uma bicicleta”, disse Letícia que hoje é dona do “Chup Chup Lê Goumert”.

Além do baixo custo, o estilo do projeto atrai os clientes mais jovens e preocupados com o meio ambiente. “Não tem a preocupação com o trânsito e fico no ar livre. Não tenho rotina e nem ponto fixo. A cada dia me surpreendo com uma paisagem diferente e pessoas que não teria contato se eu ficasse em um lugar fechado”, explicou a empreendedora.

O empreendimento também traz benefícios à saúde de Letícia. “Eu tenho tendências ao sedentarismo e com o bike truck, eu saio pedalando pela cidade, me exercito e tenho contato com o ar livre. Faz bem pra saúde”, comentou.

Segundo Letícia, a aceitação do negócio tem sido positiva, mais do que ela esperava. “Ele começou despretensioso e tomou uma proporção grande. Temos levado o negócio a eventos, como aniversários e formaturas. Estamos estudando para expandir para outras linhas, como alcoólica, fit e pet. Para não deixar ninguém de fora”, disse a empreendedora sobre os planos futuros.




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