Venda de remédios pelo Programa Farmácia Popular terá limites mínimos de idade

O Programa Farmácia Popular agora terá limite mínimo de idade para a compra de medicamentos. As novas regras vieram depois da identificação de irregularidades recorrentes na indicação de medicamentos para pacientes com idade normalmente incompatível com a doença a ser tratada. Segundo o Ministério da Saúde, as restrições no sistema foram implantadas para maior controle dos medicamentos e fazem parte de um processo de aperfeiçoamento do programa.

De acordo com as novas regras, o medicamento para colesterol alto só poderá ser vendido pelo programa para quem tem 35 anos ou mais. Já o remédio que trata de osteoporose só será vendido para maiores de 40 anos. Para comprar o medicamento que trata a Doença de Parkinson, o paciente precisa ter mais de 50 anos, e para hipertensão, pelo menos 20 anos. Os contraceptivos serão vendidos a pessoas entre 10 e 60 anos de idade.

O sub-gerente da Drogaria Pacheco, Rodrigo Andrade, contou que a maioria dos pacientes atendidos pelo programa no estabelecimento compram remédios para pressão arterial e diabetes. Ele afirmou que não há um gênero que consome mais. “Aqueles que procuram remédio para hipertensão têm 35 anos ou mais. Já os medicamentos para diabetes são procurados tanto por pessoas idosas quanto por pessoas jovens”, falou.

Os pacientes devem apresentar CPF, documento com foto original e o receituário com validade de 120 dias. “Alguns dados, como endereço, são pedidos para efetuar a compra. Os pacientes analfabetos devem trazer receituário preenchido com esses dados pelo médico, já que não poderão assinar confirmando que eles estão corretos”, explicou.

Na Drogalessa, além da procura pelos remédios para pressão arterial e diabetes, os pacientes também procuram fraldas geriátricas. “Os medicamentos para hipertensão e diabetes são gratuitos. As fraldas geriátricas têm uma porcentagem paga pelo governo”, ressaltou o gerente do estabelecimento, Alexandre Carlos Toledo.

Ele também afirmou que os clientes que procuram o local não têm um gênero majoritário. “O público é mesclado. A porcentagem de homens e mulheres é a mesma”, exclamou Toledo. “Aquelas pacientes com dificuldade de locomoção ou que não andam precisam de uma procuração legal para que o familiar pegue o remédio em seu nome”, acrescentou.

BENEFÍCIO

Segundo o sub-gerente da Drogaria Pacheco, Rodrigo Andrade, o benefício do programa é a economia. “O paciente que precisa de insulina, por exemplo, economiza em torno de R$130 no mês. Essa economia é apenas nesse medicamento, sem contar os outros que ele precisa”, finalizou.
Para o gerente da Drogalessa, Alexandre Carlos Toledo, a importância do programa é a facilitação do acesso à medicação. “O paciente dá continuidade ao tratamento sem desembolsar nada”, falou.

Aos pacientes que estiverem fora da faixa etária estabelecida, o Ministério da Saúde orienta que, se precisar de um dos medicamentos, poderão requerer a inclusão do Cadastro da Pessoa Física (CPF) no sistema, pela Ouvidoria-Geral do Sistema Único de Saúde (SUS), no telefone 136, opção 8, ou pelo e-mail analise.fpopular@saude.gov.br.

FARMÁCIA POPULAR

O Programa Farmácia Popular, criado em 2004, oferece medicamentos gratuitamente ou com descontos de até 90%. Além de remédios para hipertensão, diabetes e asma, os usuários também podem comprar outros compostos, como as próprias fraldas geriátricas e remédio para rinite.
A iniciativa, criada pelo Ministério da Saúde para ampliar o acesso a medicamentos no país, está presente em 80% dos municípios brasileiros e conta 34.616 farmácias conveniadas. Ao todo, são disponibilizados 25 produtos no programa; 14 deles gratuitamente.




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