Secretários questionam financiamento do Plano Nacional de Segurança

Secretários de segurança pública de todo o país cobraram, nessa terça-feira, 17, do Governo Federal, qual será a fonte de recursos para implementar o Plano Nacional de Segurança Pública. Representantes das 27 unidades da Federação estiveram reunidos com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para tratar da crise do sistema penitenciário que já atingiu, até o momento, pelo menos cinco estados brasileiros – Amazonas, Roraima, Paraná, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Após a reunião, eles também defenderam que o plano seja mais amplo e estratégico em relação à segurança pública.

Na avaliação do secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Rogers Jarbas, os estados como um todo têm se solidarizado com o plano, mas disse que o conjunto de ações trata os efeitos e não as causas da crise do sistema penitenciário brasileiro e da guerra entre facções em diversos presídios do país.

RECURSOS

Após a reunião, o Ministério da Justiça anunciou o repasse de R$295,4 milhões aos estados, sendo R$147,6 milhões para a aquisição de bloqueadores de celular, R$70,5 milhões para scanners e R$77,5 milhões para tornozeleiras. Na ocasião em que o plano foi lançado, também foi divulgado o investimento de R$200 milhões para a construção de cinco novos presídios federais – um em cada região do país.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, também defendeu que a crise do sistema penitenciário no país gira “quase que exclusivamente” em torno do tráfico internacional de entorpecentes e que as ações propostas pelo Governo Federal precisam avançar. “O plano não esgota toda a discussão”, pontuou.

Para o secretário de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, é necessária uma presença “mais firme e marcante” por parte do Governo Federal no monitoramento e controle das regiões de fronteira, sobretudo no que tange o tráfico de armas e drogas.

O secretário de Segurança Pública de Rondônia, Lioberto Caetano de Souza, também defendeu que a discussão em torno do plano seja mais ampla e vá além das mais recentes rebeliões em penitenciárias brasileiras.

Fonte: Agência Brasil




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