Ativista fizeram, nessa segunda-feira, 16, um ato contra a violência contra a população de rua e LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) na Estação Dom Pedro II do metrô, na região central da capital paulista. No último dia 25 de dezembro, o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas foi espancado até a morte no local ao tentar defender duas travestis de uma agressão.
O grupo lembrou que desde aquela data ocorreram pelo menos outros dois crimes relacionados ao preconceito contra LGBTs. O jovem Itaberli Lozano, de 17 anos, morreu após ser esfaqueado em Cravinhos, interior paulista, sendo que a mãe e o padrasto são os principais suspeitos do crime. No fim de semana, um rapaz foi espancado na Rua Augusta, na região central paulistana, ao pedir socorro durante um assalto. Um homem que passava no local não só deixou de prestar ajuda, como atacou a vítima e justificou a ação com declarações homofóbicas.
O padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, destacou que esse tipo de crime tem aumentado, junto com o crescimento da população LBGT que vive nas ruas. Lancelotti mostrou imagens dos ferimentos de um jovem que esteve na igreja com o relato de que foi agredido por tentar defender um amigo homossexual. A vítima, no entanto, preferiu, de acordo com o padre, não registrar boletim de ocorrência.
“É a realidade que a gente vive todos os dias. Nós gays estamos morrendo, caçados como bruxas”, protestou o ativista LGBT Agripino Magalhães. Ele ressaltou que é fundamental que as vítimas de crimes de ódio exijam que o registro policial inclua essa especificação. “Os delegados em todo o estado de São Paulo são obrigados a especificar o tema da homofobia no boletim de ocorrência”, ressaltou.
Fonte: Agência Brasil