Do pão de queijo ao pastel de Belém – com donuts

Ah, o verão, período incrível em que é possível desfrutar de sol, praia, água de coco, piquenique nos parques e muito mais. É a fase abençoada em que podemos guardar os casacos no fundo do armário e deixar a pele receber vitamina D, expulsando aquela cor “amarelada” de quem ficou mofando por um tempo em casa. Pois é, no Brasil a estação está com tudo e não faltam memes gozando o calor. Eu fico olhando tudo de longe e pensando em quanta sorte tem quem pode aproveitar o período, porque, por aqui, o frio vem castigando.

Na última semana, nevou nada menos que dez horas seguidas em um único dia, com uma temperatura gentil de -17ºC. Dói só de colocar a cara para fora de casa. É necessário um aparato técnico imenso, com caminhonetes limpando as ruas e estradas constantemente, jogando sal para derreter as imensas camadas que o gelo cria. As casas possuem máquinas e mais máquinas para limpar carros, entradas e o que mais for necessário. O passatempo de final de semana, às vezes, vira a retirada de neve. A beleza que os filmes mostram fica só neles mesmo. E pensa que é só por aqui que está desse jeito? Na Europa, o frio também vem castigando.

E não sou do tipo que tem inveja alheia, mas ver as fotinhas dos amigos e familiares de frente para um marzão lindo me deixa babando. Já até ameacei minha própria mãe, dizendo que iria bloqueá-la provisoriamente nas redes sociais só para não ficar despeitada. Desde que cheguei aqui é um tal de andar todos os dias “encapotada”, com calças, várias blusas e sapato fechado dentro de casa. Quando há um solzinho de geladeira (aquele que está lá só de figuração, porque não esquenta nada), o remédio é ficar cheia de coberta do lado de fora da casa para fingir que estou pegando uma cor. Os produtores de maquiagem devem faturar mais neste período, só pode, porque o que é necessário usar de blush para dar uma cor no rosto não é brincadeira.

Minha irmã vem sendo positiva e sempre diz que se não houvesse esse frio todo, nós não daríamos valor ao calor. Porém, acho que ela mais tenta se convencer do que a mim. Vai entender. Agora, de uma coisa eu estou certa: nunca mais digo que prefiro o inverno ao verão. Da próxima vez que o sol de verdade bater à minha porta, serei solidária e irei recebê-lo com muito carinho. Isso se não escrever outra coluna contradizendo o que disse agora… Vai entender o ser humano. Até a próxima.




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