Livro – Ensinamento da Verdade para Jovens Vol.2
O livre-arbítrio do homem
Se quisermos reger o nosso próprio destino, não devemos permitir que a nossa mente seja dominada pelo inconsciente coletivo da humanidade. Nós mesmos devemos selecionar o que mentalizar. Esse poder de seleção é o livre-arbítrio do homem. Se acolhemos sem nenhum critério os pensamentos e sentimentos do inconsciente coletivo e vivemos à mercê deles, não podemos dizer que estamos exercendo o livre-arbítrio inerente ao ser humano. O destino de cada um depende do quanto somos capazes de selecionar as ondas de pensamentos provenientes do inconsciente coletivo, de modo a seguir em segurança a rota da vida.
Enquanto tivermos a mente dominada pelo inconsciente coletivo da humanidade e acreditarmos que o ser humano é fadado a adoecer, sofrer, envelhecer e morrer, teremos de passar por tudo isso. Precisamos transcender essa ideia comum – ou senso comum – da humanidade. Uma vez que a transcendermos, conseguiremos nos livrar das vicissitudes da vida. E, quando nos elevarmos a ponto de chegar ao estado de iluminado, conseguiremos transcender até a morte, tal como aconteceu com Elias, Enoque e Jesus.
Consciente, subconsciente e inconsciente coletivo
No ser humano existe o consciente, que atua na camada superficial da mente, e o subconsciente, que atua na camada inferior da mente sem que o percebamos. O sub-consciente registra e armazena todas as impressões que o consciente captou e fatos que ele memorizou. Se numa ocasião o subconsciente reagiu de uma forma a um deter-minado estímulo, ele tenderá a reagir sempre dessa forma diante de estímulos semelhantes. Por essa razão, alguns dizem que o subconsciente é “mente que age segundo a tendência”.
O subconsciente existe no âmago de cada indivíduo e ao mesmo tempo está ligado ao inconsciente coletivo, comum à humanidade toda. Por essa razão, todos os homens tendem a reagir da mesma maneira diante de determinados acontecimentos. A soma dessas tendências é que constitui o chamado inconsciente coletivo.
O inconsciente coletivo tende a reagir negativa e destrutivamente. Como disse Schopenhauer, um grande filósofo alemão, “a impressão de prazer ou de felicidade tem a sua existência real escassa, de modo que, mesmo que a felicidade ou o prazer perdurem, sentimos que passou depressa; mas com a impressão de dor ou sofrimento acontece o contrário e, mesmo que seja breve, dá a impressão de durar longamente”. Além disso, como o subconsciente registra os fatos sem selecioná-los, está mais impregnado de fatos negativos do que positivos. Se formos simplesmente levados pelo inconsciente coletivo, acabaremos conduzindo nosso pensamento ao negativismo, ao pessimismo e à destruição. É por esta razão que a humanidade frequente-mente acaba pensando em males como incêndio, doença, violência ou tristeza e, pela lei mental segundo a qual “concretiza-se o que se mentaliza”, acabam se concretizando essas tragédias.