Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a PJF por meio da Secretaria de Saúde (SS), iniciou uma nova etapa nas ações de combate à dengue utilizando Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), conhecidos como drones. A iniciativa representa um avanço no uso de tecnologia para fortalecer as estratégias de vigilância e controle do mosquito Aedes aegypti, sem substituir o trabalho contínuo dos Agentes de Combate às Endemias (ACE).
O primeiro mapeamento foi realizado no último dia 6, no bairro Santa Cruz, na Zona Norte, com sobrevoo de áreas estratégicas para identificar possíveis focos do mosquito. Além do monitoramento, os drones também poderão aplicar larvicidas em locais de difícil acesso, garantindo maior agilidade e eficiência no controle da doença. Os profissionais responsáveis pelas operações estão devidamente identificados e seguem protocolos de segurança.
Monitoramento aéreo amplia alcance das ações
O uso de drones possibilita mapear terrenos baldios, casas abandonadas e outros locais inacessíveis, permitindo coleta de dados em tempo real e respostas mais rápidas e precisas. Em outubro, os bairros Industrial, Jardim do Alfineiros, Nova Era I e II, Milho Branco, Francisco Bernardino e Monte Castelo também receberão sobrevoos.
Essa nova estratégia se soma ao trabalho intensivo que já vem sendo realizado pelas equipes de endemias. Em 2025, 464 bairros foram percorridos, com 212.001 imóveis vistoriados. Foram aplicados 319,7 kg de inseticidas e larvicidas, além de 225 bloqueios de transmissão e 4.313 inspeções em pontos estratégicos. O sistema de monitoramento por Ovitrampas recolheu 63.282 ovos e larvas do mosquito, contribuindo para a redução de 83% dos casos prováveis em relação ao mesmo período de 2024.
Ações garantem segurança e proteção de dados
A Secretaria de Saúde reforça que os drones não filmam o interior das residências. As imagens captadas se restringem a pontos de risco, como caixas d’água, lajes, piscinas e terrenos baldios, sem registro de pessoas. O uso é exclusivo para fins de saúde pública, e todo o tratamento de dados respeita a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os equipamentos são homologados e os voos autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Trabalho dos agentes continua essencial
O uso de drones amplia a capacidade de vigilância, mas não substitui a atuação dos Agentes de Combate às Endemias (ACE), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e demais equipes. A estratégia busca otimizar os esforços e direcionar melhor as ações de campo.
Durante as visitas domiciliares, os ACEs orientam e avaliam situações de risco, eliminando ou tratando com larvicida os recipientes que possam acumular água. A Secretaria de Saúde reforça a importância da colaboração da população, já que a maior parte dos focos do mosquito está dentro das residências. Receber os agentes e seguir as orientações é essencial para evitar o aumento de casos no período mais propício para a proliferação do mosquito.