Prefeitura assina ordem de serviço para obras de reconstrução de áreas afetadas pelas chuvas de 2022

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a PJF, por meio da Defesa Civil, assegurou o repasse de R$ 6.110.734,48 para a execução de obras de reconstrução e estabilização em áreas duramente atingidas pelas chuvas históricas de janeiro de 2022. O recurso, proveniente da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), será fundamental para garantir a segurança dos moradores e a recuperação da infraestrutura local.

Serão realizadas sete grandes intervenções, sendo duas delas no Três Moinhos, e as outras nos bairros: São Tarcísio, Linhares, Jardim de Alá, Santo Antônio e Ponte Preta. Essas localidades possuem histórico de deslizamentos e são mapeadas como áreas de risco geológico alto e muito alto, sofreram com deslizamentos, o que fez com que fosse feito, de forma preventiva, a interdição de imóveis para proteger a vida da população.

A prefeita Margarida Salomão ressaltou a importância deste momento para a cidade. “Juiz de Fora cresceu de forma não planejada, ocupando as várias áreas próximas aos rios e córregos ou ocupando as encostas. São áreas onde a Defesa Civil faz o monitoramento e acaba atendendo a comunidade. A notícia boa é que esses problemas, neste nosso segundo governo, vão ser resolvidos.”

O subsecretário Luís Fernando Martins destaca o ineditismo da ação. “São sete áreas que historicamente sofreram muito durante o período chuvoso, áreas historicamente atingidas por desastres e escorregamentos. Essas obras vêm para reconstruir a infraestrutura urbana, que foi prejudicada durante as chuvas, para trazer mais segurança para a população residente ali, para os usuários da via e, principalmente, para que essas famílias desabrigadas ou em situação de risco retornem às suas casas com segurança.”

Para isso, serão empregadas diversas técnicas de engenharia, como a construção de muros de flexão, cortinas atirantadas e solo grampeado, além de melhorias nos sistemas de drenagem das encostas. A intervenção de maior porte será feita na Rua Maria Florice dos Santos, no bairro Três Moinhos.

A secretária de Desenvolvimento Urbano com Participação Popular (Sedupp), Cidinha Louzada, pontuou que o recurso envolvido é resultado do trabalho da Defesa Civil: “nós não contratamos nenhum plano de trabalho, foi feito tudo pelos funcionários, e hoje nós temos a melhor Defesa Civil do Brasil com a inteligência artificial na sala de situação, a gente não tem mais que sair correndo para saber se um rio está enchendo ou não. Daqui [Sala de Situação] dá pra gente ver e monitorar, por exemplo, a necessidade de alterar o trânsito e assegurar vidas. Então, acho que é muito importante o trabalho da Defesa Civil, que mesmo quase sem recurso, conseguiu fazer esses planos de trabalho para trazer esse recurso.”

Ronaldo Pinto Júnior, secretário de Governo, relembra que é uma quantia inédita para o município. “São R$ 6 milhões que nunca tinham vindo para Juiz de Fora. E, junto com esse recurso, nós tivemos, nesse semestre, outras, importantes informações sobre contenções de encostas, que são a liberação de recursos do PAC de 2014, de obras que estavam paradas ainda”.

A secretária de Obras, Bruna Rocha, explica a execução desse processo. “São obras que vão acontecer simultaneamente. Na Rua João Luzia, no bairro Três Moinhos, por exemplo, será uma cortina atirantada, um sistema de contenção de solos para estabilizar taludes, encostas ou subsolos. Esta é uma das principais formas de contenção, as mais graves são resolvidas com essas cortinas.” A secretária ainda explicou como será a obra de maior gasto: “Na Rua Maria Florice dos Santos, será realizada a maior obra desse pacote, que também será uma cortina atirantada, um dos locais mais críticos hoje em dia. Podemos reparar que já houve outras contenções no local.  E, nas outras áreas, vão ser muros de flexão, que são muros sem esses tirantes, solos grampeados, cada local com a sua solução, de acordo com o risco do local.”

Como a PJF conseguiu o recurso?

A captação dos recursos foi possível após a PJF decretar “Situação de Emergência” em janeiro de 2022, medida que foi reconhecida pelo Governo Federal. Naquele mês, o volume de chuvas atingiu 366,40 mm, muito acima da média histórica, e a Defesa Civil registrou 609 ocorrências, das quais 244 foram deslizamentos de terra.

Com base nesse cenário, a Defesa Civil e a Secretaria de Obras (SO) elaboraram um amplo relatório técnico que comprovou os danos e dimensionou as necessidades de cada localidade afetada. A aprovação deste material pela Defesa Civil Nacional foi o passo decisivo para a liberação da verba, reforçando o compromisso da gestão municipal em buscar soluções efetivas para a estabilidade do solo e a segurança da população frente aos desafios das mudanças climáticas.




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