Gape tem bate-papo sobre bullying e racismo na Escola Municipal Cecília Meireles

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), nesta quinta-feira, 8, a equipe do projeto Guardas no Apoio e Prevenção nas Escolas (Gape) esteve na Escola Municipal Cecília Meireles, no bairro Nova Era, para uma conversa com alunos do 6º ano do ensino fundamental. O trabalho atua pela prevenção da violência e pela cultura de paz no ambiente escolar, propondo reflexão aberta e participativa sobre bullying e racismo.

“Uma das origens do preconceito e do bullying está na dificuldade de reconhecer que nós somos diferentes e que essas diferenças não nos fazem superior, nem nos torna inferior a ninguém; apenas diferentes”. A fala da assessora da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania, Charline Juvenal, evidencia a íntima relação entre os dois tópicos da abordagem e quanto eles passam pela compreensão acerca da construção da identidade pessoal. Ponto essencial para pessoas em fase de autoafirmação. “Toda a construção de identidade depende da aprovação do outro. Se as pessoas que convivem com a gente agem para destruir a construção da nossa identidade, a autoestima fica fragilizada, e uma identidade enfraquecida leva ao sofrimento”, explicou a assessora.

Entender e respeitar as diferenças existentes entre as pessoas é o mote que permeia todo o trabalho. Sob essa ótica, a equipe desenvolve o bate-papo, costurando a construção da identidade e o fortalecimento do seu reconhecimento. “Ser diferente é normal, porque nós somos diversos. Existem vários tipos de pessoas, com vários tipos de cabelos, tipo de olhos, boca, nariz, corpo, cor de pele. Ser diferente é natural, é normal, é legal e é um direito de cada um”, estabeleceu a assessora.

O mundo virtual também foi alvo da conversa, uma vez que as plataformas digitais potencializaram o alcance do bullying. O cuidado com a forma como a pessoa utiliza os recursos tecnológicos colocou em discussão a responsabilidade com toda ação praticada também nesse universo. “Tudo o que se imagina estar no anonimato tem rastro e pode ser investigado”, alertou a equipe sobre o aspecto legal da criação de grupos para disseminação de ódio. Da mesma forma, foi chamada a atenção para a vulnerabilidade da exposição de informações e de imagens nas redes sociais e em grupos de conversa.

Os encontros desenvolvidos pelo Gape buscam despertar a empatia e o respeito às diferenças, contribuindo para a compreensão e a valorização da diversidade. O resultado esperado é a conscientização para a construção de uma cultura de paz, em que a tolerância, a convivência, a aceitação possam fortalecer a autoestima e o empoderamento. Assim, as diferenças devem ser vistas como as características que tornam cada pessoa única e não motivos de desigualdades, perseguições e sofrimentos




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