Em nossa breve jornada de reflexão sobre a fé, comentamos brevemente sobre cinco perguntas básicas:
‘o que’ é a fé?
‘por que’ ter fé?
‘para que’ me serve a fé?
fé ‘em quem’?
‘como’ obter/fortalecer a fé?
Percebeu que as cinco perguntas nos levaram, de uma maneira ou de outra, ao encontro das Escrituras?
Uma coisa que às vezes não percebemos é que nossa própria percepção do conceito fé é um pouco enviesado. Para não filosofar, vamos direto ao exemplo:
Imagine que você está conversando com outra pessoa a respeito de um terceiro, suponhamos que seu nome seja Zé. Daí, em certa altura do diálogo, esse amigo diz para você o seguinte:
– Eu acredito no Zé!
O que é rigorosamente o mesmo que dizer “eu creio no Zé”, não é mesmo?!
Bom, qual será o seu entendimento: a afirmação te levará a especular, refletindo sobre a existência física do Zé? Ficará matutando se ele é real ou uma figura imaginária? Ou, ao invés disso, imediatamente compreenderá que a pessoa intenciona esclarecer que acredita no que o Zé diz ou faz? Ou seja, a frase aponta para a confiança, seja de que essa pessoa diz a verdade, que é honesta ou, simplesmente, de que ela está com a razão.
Dependendo do assunto, o sentido será um ou outro, mas muito, muito, muito dificilmente a intenção da frase diz respeito à existência física, real, concreta do tal Zé.
Ora, por que quando nos referimos a Deus estaríamos atribuindo um sentido diverso ao habitual?!
Quando eu digo que creio em Deus, não estou me referindo à Sua existência, pois a existência do Criador é para mim um pressuposto. Salvo as pessoas que carecem desse entendimento, que não é o meu caso, nem o seu, que temos por certo que Deus existe, quando dizemos “creio”, nossa intenção não pode ser diferente da ilustrada no diálogo fictício exposto acima.
Ou seja, quando uma pessoa que já tem convicção de que Deus existe diz “eu creio em Deus” ela deve estar dizendo: “eu confio em Deus”, “eu acredito nas palavras de Deus”!
Por isso, essa relação entre a fé e a Palavra é tão forte, pois as Escrituras mostram justamente as promessas que o Senhor nos fez, e que, a partir delas, saibamos quais são os nosso deveres para alcançá-las. Além disso, oferece testemunhos do caráter do Altíssimo, de seu poder e fidelidade para cumprir cada um de seus compromissos.
A Escritura, portanto, não quer nos provar que Deus existe, mesmo porque tal prova é obtida no coração, ela pretende esclarecer os motivos que nos levam a concluir: eu confio no Criador!
“Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória” (Efésios 1: 13, 14).
Amém !!!