“Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranquilidade do que uma casa onde há banquetes, e muitas brigas” (Provérbios 17: 1).

Do que adianta ter muitos bens mas não ter paz no lar? Pior ainda é quando faltam as duas coisas: conforto material e paz.

O entendimento entre os membros de uma família depende da mútua decisão de cooperar:

“Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês, e, sim, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer” (1 Coríntios 1: 10).

A raiz dos desentendimentos, via de regra, encontra-se em três fatores: ciúmes, interferências não autorizadas e dificuldade para perdoar.

Os ciúmes são uma fonte privilegiada de desentendimentos familiares: entre irmãos que se sentem em relação a outros preteridos pelos pais, cônjuges quando percebem que os filhos têm suas preferências, sogros/sogras em via de mão dupla com genros/noras por óbvias razões etc.

“Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor” (Cantares de Salomão 8: 6).

As interferências indevidas constituem aquele fenômeno em que uma certa pessoa acha que pode interferir na vida de outra sem ter autoridade para isso. Esta disposição, via de regra, se associa ao julgamento. Então, um parente julga a vida alheia e fica dizendo ao outro que deveria ser dessa ou daquela maneira, deixar de fazer isso ou aquilo, pensar assim ou assado, … pior é quando além de ser incômoda tal interferência torna-se abusiva.

“Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: ‘Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela’” (João 8: 7).

E, por fim, o mais grave dos três: dificuldade para perdoar. A convivência humana é uma arte que muito pouca gente domina. Não se trata apenas de amar ou concordar, o segredo está justamente na capacidade de lidar com as consequências dos desentendimentos. Na maioria das vezes o tempo de uma controvérsia ou de uma briga é infimamente menor do que o que se gasta remoendo a contenda, adiando a reconciliação. Geralmente, isso tem a ver com outra inclinação problemática: o  orgulho.

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha” (1 Coríntios 13: 4).

A família é um dom de Deus, um presente dos céus. Não existe família 100%, nem para o bem nem para o mal. O segredo do sucesso da convivência está em deixar o amor falar mais alto em todas ocasiões e de desenvolver o hábito de se colocar no lugar do outro em cada situação.

Tudo como Cristo nos ensinou: ame o próximo como a ti mesmo:

“E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (Mateus 22: 39).

E façamos com os outros apenas o que queremos que façam conosco:

“Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles” (Lucas 6: 31).

Portanto, não deixe o ciúme entrar, pois todos possuem seu lugar de honra entre os parentes; não interfira demasiadamente e se sofrer interferências, releve, lembre-se que muitas vezes o amor sufoca um pouquinho; e, por fim, larguemo-nos do orgulho, aumente o pavio, amplifique a paciência e perdoe todo o tempo:

“Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’‘Jesus respondeu: ‘Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18: 21,22)

Em suma, faça como Cristo ensinou e seja sempre generoso no convívio com seus parentes!




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