Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), educadores sociais e técnicos que atuam nas casas de acolhimento para crianças e adolescentes participaram na manhã desta terça-feira, 22, de uma capacitação sobre saúde mental e uso de substâncias psicoativas. O encontro foi intermediado pela Secretaria de Assistência Social (SAS) e servidoras do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), vinculado à Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). A conversa foi realizada com os profissionais que atuam diretamente com as questões relacionadas ao cotidiano das crianças e adolescentes acolhidas. A ação terá um segundo encontro nesta quarta-feira, 23.
De acordo com a gerente da proteção especial da SAS, Maria Cláudia Dutra, o objetivo do encontro foi levar informações para que esses profissionais possam ter mais segurança no dia a dia em suas intervenções. “É uma forma de ampliar o debate para qualificar as ações com o foco na saúde mental e na dependência de álcool e drogas, fatores que estão presentes no cotidiano das instituições. Novos momentos de discussão com outros desafios enfrentados nos espaços serão agendados para firmar esse lugar de troca. Esse encontro é fruto de um ciclo informativo com formação em Direitos Humanos que já realizamos e essa é a continuidade de um processo em expansão”, ressaltou.
A psicóloga Beatriz Mattoso explicou que o Caps AD realiza atendimento aos usuários que estimem se ver livres dos vícios. São feitas consultas médicas, psicológicas, oficinas terapêuticas sem a necessidade de consulta prévia com médico generalista ou marcação antecipada para toda a população. “Temos também o objetivo de atuar na rede. Hoje, viemos compartilhar o atendimento com o foco na saúde mental e contribuir com a formação dos educadores”, esclareceu.
Na troca de experiências sobre a rotina do trabalho foram apontadas algumas questões que precisam ser amplamente colocadas em destaque como a formação continuada dos educadores, lugar seguro de fala e escuta com foco em auxiliar as crianças e os adolescentes em suas vulnerabilidades, na reinserção no espaço familiar e no desenvolvimento destes indivíduos.
Liliane Knopp é supervisora da SAS e lembrou da importância da construção de vínculos. “Precisamos treinar o nosso olhar para todos os setores da vida desses sujeitos, não fazer juízo de valor e trabalhar para a inserção de novas perspectivas”. A assistente Social também destacou como imprescindível que as crianças e adolescentes acolhidos sejam envolvidos na construção do seu plano de atendimento individual , o plano tem a finalidade de organizar as estratégias de intervenção da equipe multiprofissional junto as crianças, adolescentes e suas familias. O plano tem a finalidade de organizar a oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Especial do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Essa construção é essencial para a execução do trabalho social pelas equipes de referência.