Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), nesta segunda, 25, o Comitê Gestor do Territórios da Cidadania se reuniu para avaliar as ações desenvolvidas e discutir a implementação da segunda fase da iniciativa. O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento local sustentável e a garantia de direitos sociais. Implementado em parceria com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), desde março, as equipes têm percorrido 139 microterritórios vulnerabilizados da cidade para gerar dados atualizados desses espaços e das pessoas que neles habitam.
O Comitê, que se reúne quinzenalmente para acompanhar os resultados do projeto, é formado por representantes da Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular (Seppop), idealizadora do projeto, além das Secretarias de Assistência Social (SAS), Educação (SE), Esporte e Lazer (SEL), Governo (SG), Planejamento Urbano (Sepur), Obras (SO), Saúde (SS), Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur) e Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).
Leonardo Azevedo, subsecretário de Planejamento, Gestão Integrada e Participativa da SS, comenta sobre a importância da participação das diversas secretarias nas decisões envolvendo a iniciativa. “Nós temos um modelo de gestão que busca pensar a cidade de forma conjunta e integrada. E o Comitê Gestor foi constituído dessa forma: ele é formado por várias secretarias, que trazem diferentes questões e olhares sobre os temas abordados, pensando conjuntamente em como trazer melhorias”.
Júlia Daibert, subsecretária de Governo, completa que “nas reuniões, cada representante tem percepções muito distintas, mas que se complementam para serem ainda mais enriquecedoras. Neste momento, estamos destrinchando a metodologia do Perfil Socioeconômico para adaptar o questionário para as necessidades de Juiz de Fora. Dessa forma, nós conseguimos ter as informações que são mais relevantes para a construção de políticas públicas pela percepção de quem mais entende os territórios: os próprios moradores”.
O projeto
O Territórios Cidadania trabalha com duas metodologias de pesquisa desenvolvidas pelo ONU-Habitat: o Mapa Rápido Participativo (MRP) e o Perfil Socioeconômico.
O MRP consiste na produção de dados sobre as condições urbanas dos territórios. Essa avaliação inclui, por exemplo, a identificação de informações sobre abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, drenagem e asfaltamento. A partir disso, é possível criar parâmetros para comparar territórios distintos e entender a priorização de intervenções nos territórios mais vulnerabilizados. Essa pesquisa fez parte da primeira etapa do projeto, que está em fase de análise e consolidação dos dados recolhidos nos territórios pela equipe do programa.
A segunda etapa, que está em fase de adaptação da metodologia e contratação de equipe, é o Perfil Socioeconômico. É uma pesquisa domiciliar por amostragem que busca entender as principais características da população e suas habitações sob o olhar dos próprios moradores.
Os resultados gerados pelo projeto vão desempenhar um papel essencial enquanto ferramenta de planejamento e gestão, embasando a construção de políticas públicas mais assertivas e direcionadas para as reais necessidades da população.
“Estamos aguardando com certa ansiedade os resultados do trabalho do ONU-Habitat junto ao Mapa Rápido Participativo”, comenta Martvs das Chagas, secretário de Planejamento do Território e Participação Popular. “Temos a certeza que este será um excelente instrumento de gestão para que possamos ter um raio-x completo da cidade e, a partir desse olhar, investir para que as políticas públicas cheguem aos territórios mais vulneráveis da cidade”.
Mais informações com o Departamento de Planejamento de Território e Participação Popular (DPPO) da Seppop pelo telefone: 3690.7077