O governador Romeu Zema e o presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro, anunciaram, nesta quinta-feira (9/6), no município de Januária, no Norte de Minas, as obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário do município. Com investimentos de R$ 24 milhões, as intervenções irão aumentar o percentual da população atendida com coleta e tratamento de esgoto, que hoje é de aproximadamente 30%, para 70%.
Essa é uma demanda histórica e reivindicada há anos pelos moradores. Desde 2019 até o momento foram destinados um total de R$ 37,8 milhões, um recorde de investimentos em saneamento na cidade. Outros R$ 50 milhões devem ser investidos em 2024, 2025 e 2026.
Mais de 18 mil pessoas que residem na parte alta do município serão beneficiadas com a implantação de 75 mil metros de redes coletoras de esgoto, construção de duas estações elevatórias e instalação de 6.303 ligações domiciliares. A previsão é a de que as obras sejam concluídas em 18 meses. Os bairros contemplados são Aeroporto, Alameda, Alto dos Poções, Brasilina, Caic, Eldorado, Jardim Daniel, Jatobá, Jussara, Mangueiras, Terceiro Milênio, São João e São Miguel.
Impacto
Zema afirmou, durante coletiva de imprensa, que a visita a Januária tem um grande significado para os moradores. “É uma satisfação anunciar que a Copasa levará água tratada e fará a coleta e tratamento do esgoto para uma parte importante da cidade. Até 2026, o município receberá mais R$ 50 milhões para ampliar as obras de saneamento. Isso significa que o cidadão passará a ter mais qualidade de vida”, disse.
Já o presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro, lembrou que a atual gestão quer a fazer a diferença na vida dos mineiros. “É uma alegria enorme a Copasa contribuir com o município. A ampliação do sistema de esgotamento terá um impacto positivo para a população de Januária”, afirmou.
Benefícios
A gerente regional de Januária, Melissa Lima, ressaltou a importância da obra para o município, que proporcionará benefícios sociais e econômicos voltados à melhoria das condições de saúde e qualidade de vida. “O tratamento de esgoto, entre outras vantagens, possibilita que a cidade receba o ICMS Ecológico, um meio de incentivo aos municípios para a criação de mais áreas de preservação ambiental, além de melhorar a qualidade dos espaços já existentes”, explicou.
Outro benefício para a população local é a erradicação de doenças de veiculação hídrica, controle da proliferação de vetores, a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e mudanças positivas nos aspectos urbanísticos, com a valorização imobiliária e o crescimento socioeconômico da cidade e da região.
A obra possibilita ainda o aumento da arrecadação do município, que recolherá os Impostos Sobre os Serviços (ISS) prestados pela empresa contratada pela companhia. Também são gerados empregos diretos, além da aquisição de materiais e equipamentos e a contratação de serviços indiretos na cidade, o que gera receita e movimenta o comércio local.
Além da obra de ampliação do sistema de esgotamento, a Copasa também está investindo mais R$ 2,3 milhões para aumentar o abastecimento de água em Januária. As intervenções estão em andamento e também beneficiam a parte alta da cidade, eliminando intermitências que ocorrem principalmente nas épocas mais quentes do ano. Estão sendo implantados quase 8 quilômetros de redes de água, duas elevatórias de água tratada e um reservatório elevado de 100 metros cúbicos.
Investimentos e universalização
De 2019 a 2022, a Copasa investiu mais de R$ 3,4 bilhões em obras para fazer frente aos desafios impostos pelo novo Marco Legal do Saneamento. Esse valor é 57% superior aos investimentos da gestão passada. Os investimentos para os próximos quatro anos já estão garantidos e aprovados pelo Conselho de Administração da companhia. Serão R$ 6 bilhões de 2023 a 2026.
Em relação às exigências de universalização dos serviços trazidas pelo Novo Marco (99% para água e 90% para esgoto coletado e tratado até 2033), a Copasa apresentou, já em 2021, índices de cobertura que se destacam em relação à média nacional. São 99,4% referentes ao acesso à água tratada e 71,9% quanto à coleta e tratamento de esgoto dos imóveis em sua área de atuação. Os últimos dados nacionais disponíveis apontam para índices significativamente inferiores aos da companhia, quais sejam, 84,1% para a cobertura de água e 43,9% para esgoto coletado e tratado.
Fonte: Agência Minas