Abordagem social tem duas rotas diárias para atender população em situação de rua

Em tempos da pandemia da Covid-19 e de temperaturas baixas na cidade, o trabalho de abordagem, sob a gerência da Secretaria de Assistência Social (SAS), tem sido importante para dar atendimento e orientação à população em situação de rua e em vulnerabilidade. Como uma das entidades da rede parceira da SAS, a Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac), a partir de Termo de Colaboração, é responsável pelo Serviço Especializado em Abordagem Social.

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, de acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009), o serviço é ofertado de forma continuada e programada, visando assegurar o trabalho social de abordagem em busca ativa. Isso significa identificar os territórios e a incidência de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, como o trabalho infantil, a exploração sexual de crianças e adolescentes, a situação de rua, o uso abusivo de crack e outras drogas, dentre outras.

A abordagem social constitui-se em uma unidade de referência da Proteção Social Especial de Média Complexidade, com papel importante no alcance dos objetivos da Política Nacional para a População em Situação de Rua. Essa abordagem é um processo de trabalho planejado de aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo de confiança com pessoas e famílias em situação de risco pessoal e social nos espaços públicos para atender, acompanhar e mediar acesso à rede e proteção social.

Rotas Locais de atendimentos

De acordo com os estudos, o atendimento ocorre em locais considerados de atuação e atendimentos por meio de intervenções in loco, como ruas, praças, entroncamentos de estradas, fronteiras, espaços públicos onde se realizam atividades laborais (feiras e mercados). O serviço também atua em locais de intensa circulação de pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus e rodoviárias, prédios abandonados, lixões, semáforos, pontes, entre outros locais.

A distribuição das equipes é realizada por território, a partir de estudos feitos pelo Departamento de Avaliação e Gestão de Informação da SAS, sob a coordenação da Supervisão II de Acompanhamento das Políticas de Média Complexidade, do Departamento de Proteção Especial – SAS. Esses estudos possibilitam a definição dos locais de trabalho em que o serviço vai atuar, levando em consideração as maiores incidências de presença de usuários e solicitações de abordagens.

Nesse sentido, o serviço tem maior concentração de intervenções na área central do município, sendo acentuado no bairro Centro, porém com coberturas de atendimento também nos bairros Granbery, São Mateus, Morro da Glória, Mariano Procópio, Bairro Ladeira, Poço Rico e outros. Na área central, o atendimento é realizado por meio de duas rotas, onde as equipes de Educadores Sociais cumprem uma trajetória a pé com a visualização de maior oferta de atendimento.

Para a logística de cobertura das demandas fora da área central, ou seja, as demais regiões do município, a equipe de trabalho da Amac utiliza o carro para cumprir as rotas e as solicitações de abordagem. É importante destacar que ao surgimento de demandas de transporte para atendimentos de saúde, encaminhamentos ou outros, a equipe das rotas centrais conta com o apoio da equipe que atua no carro da abordagem.

Diariamente, são escalados dois abordadores para atuarem nas rotas:

Rota 1: Rua Espírito Santo, Av. Presidente Itamar Franco, Av. Rio Branco, Rua Fernando Lobo, Rua Brás Bernardino, Rua Barbosa Lima, Rua Santa Rita, Rua São João, Rua Halfeld, Praça da Estação, Rua Marechal, Rua Mister Moore, Rua Fonseca Hermes, Av. Getúlio Vargas, Rua Batista de Oliveira, Rua Dr Paulo Fontin, Rua Antônio Carlos e Rua Francisco Bernardino.
Rota 2: Rua Francisco Bernardino, Rua Francisco Maia, Rua José Calil Ahougi, Rua Osvaldo Veloso, Rua Sant Claire de Carvalho, Av. Brasil, Rua Benjamim Constant, Rua Hipólito Caron, Rua Roberto de Barros, Rua Santo Antônio, Praça Menelick de Carvalho, Rua São Sebastião, Largo do Riachuelo, Rua Jarbas de Leri, Rua Afonso Pinto da Mota, Av. Rio Branco, Rua Marechal Floriano Peixoto e Rua Batista de Oliveira.
Atendimento especializado e individualizado.

A equipe de Abordagem Social conta um coordenador, dois assistentes sociais, um auxiliar de serviços gerais e 18 educadores sociais (plantões, com carga horária 12h x 36h): nove profissionais por dia, com divisão de horário de trabalho, compreendendo o período de atendimento do serviço de 7h a 0h. Dentro do cronograma de trabalho, as equipes cumprem as duas rotas centrais realizadas a pé (manhã e tarde) e rota carro (manhã, tarde e noite).

O trabalho tem como pressuposto o desenvolvimento de autonomia, autopromoção dos cuidados pessoais, valorização da vida, construção de projeto de saídas das ruas, demandas específicas de atendimento, promoção de convivência e inserção na comunidade, articulação com a rede, relação dos usuários com suas famílias.

Dentro do atendimento, é mantida a comunicação e articulação permanente, com os serviços socioassistenciais (principalmente serviços destinados ao atendimento da população em situação de rua como, Casa de Passagens, Centro POP e abrigo institucional), sistema de garantia de direitos, serviços de saúde, dentre outros. Tais articulações se fazem necessárias com vistas aos encaminhamentos e aos acompanhamentos realizados junto aos usuários.
Para manter contato com o Serviço de Abordagem Social ligue para o número 3690-7770.




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