Em celebração aos seus 126 anos de fundação, o Arquivo Público Mineiro (APM), equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), vai oferecer uma programação temática virtual sobre a escrita de uma história da Cozinha Mineira. A premissa é que comer, e cozinhar para comer, dois atos cotidianos, guardam um universo de práticas materiais, simbólicas e culturais que indicam não apenas as condições de sobrevivência dos grupos humanos, mas também o potencial criativo das sociedades.
Nesse sentido, e tendo em vista a importância da cozinha mineira, tanto para a identidade quanto para as cadeias de economia da cultura e do turismo de Minas Gerais, o APM convida o público a conhecer melhor os documentos que guiam a história da alimentação e das práticas culinárias em Minas Gerais.
A programação inclui lives que serão exibidas pelo canal da Secult no Youtube. Nesta segunda-feira (12/7), às 14h, a transmissão de abertura das comemorações, “Fontes para a escrita de uma história da cozinha mineira”, promove discussões sobre a história da gastronomia do estado, abordando documentos como os de produção e taxação de impostos de gêneros alimentícios, os de abastecimento nas vilas coloniais e aqueles sobre a produção agrícola nos séculos XVIII, XIX e XX. O palestrante será o professor do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e organizador do livro “Nossa cozinha tem história”, José Newton Coelho Meneses.
Nos dias 13 e 15/7, das 14h às 16h, a Secult oferece a oficina “Manuscritos na sala de aula: as possibilidades da Paleografia na Educação Básica”, atividade realizada em parceria com a Oficina de Paleografia da UFMG. Neste minicurso serão abordadas algumas noções iniciais de Paleografia e as possibilidades para a sua utilização em sala de aula, em diálogo com os conteúdos curriculares dos ensinos fundamental e médio. A oficina tem 135 vagas e as informações para inscrição podem ser obtidas pelo email: oppufmg@gmail.com
No dia 21/7, às 14h, será a palestra “O que comiam e não comiam os escravos?”, com a professora do Programa de Pós-Graduação em História da UFMG, Junia Ferreira Furtado. A pesquisadora analisa os hábitos alimentares em Minas Gerais, especialmente o dos escravos na mineração.
Sobre o APM
O Arquivo Público Mineiro é uma das instituições mais antigas do Estado de Minas Gerais, criado em 11 de julho de 1895 pela Lei Estadual nº 126. Inicialmente, funcionou na cidade de Ouro Preto até a transferência para Belo Horizonte, em 1901. Desde 1938, o APM está sediado em um casarão na Avenida João Pinheiro, ao lado do Museu Mineiro, e compõe o Circuito Liberdade.
O APM é responsável pela gestão de documentos do Executivo estadual, além de recolhimento, guarda, preservação e democratização do acesso aos documentos públicos estaduais e privados de interesse público e social. Seu acervo é composto por milhares de itens que cobrem mais de três séculos da história de Minas Gerais em diversos formatos, como manuscritos, impressos, encadernados, fotografias, filmes e documentos digitais.
Fonte: Agência Minas