Confira uma radiografia da delegação paralímpica brasileira em Tóquio

A convocação da maior delegação brasileira para Jogos Paralímpicos fora do país, que ocorreu na terça-feira, 6.07, terá um nadador de Minas Gerais como o mais novo e 40% de mulheres entre os atletas com deficiência convocados para Tóquio 2020. De acordo com levantamento do departamento de Ciências do Esporte do Comitê Paralímpco Brasileiro, que teve como base somente os dados dos atletas com deficiência, foram 229 convocados, sendo 136 homens e 93 mulheres, o que significa uma representatividade de 40,6% feminina entre o total da delegação paralímpica que vai ao Japão. Nesta pesquisa, não foram incluídos atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro, além de comissão técnica, médica e administrativa.

O aumento da participação das atletas é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB. A meta para os próximos anos é ocupar todas as vagas femininas que houver na delegação brasileira para a disputa dos Jogos. Para Tóquio 2020, a marca não será possível porque o basquete feminino não se classificou.

Na convocação de terça, 39 participantes que irão competir em Tóquio terão menos de 23 anos na competição, cerca de 17% do total da equipe nacional paralímpica. Entre eles está o nadador mineiro João Pedro Brutos, de Uberlândia, que será o atleta mais novo a compor a delegação brasileira paralímpica nos Jogos. Nascido em 3 de junho de 2004, o jovem da classe S14 terá 17 anos e dois meses quando os Jogos começarem no Japão.

A natação, inclusive, é a modalidade que convocou a maior quantidade de atletas jovens da delegação brasileira. No total, 12 nadadores paralímpicos com menos de 23 anos vão representar o Brasil em Tóquio. Entre os atletas, Jardênia Barbosa, do atletismo, Lara Aparecida, do halterofilismo, Lethícia Lacerda, do tênis de mesa, Christian Gabriel, também do atletismo, e Gabriel Geraldo, da natação, completam a lista dos atletas mais jovens da delegação brasileira paralímpica.

Já a lançadora Beth Gomes, da classe F52, será a atleta mais experiente a disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio pelo Brasil. Recordista mundial no lançamento de disco na última seletiva de atletismo, a atleta nascida em Santos (SP) terá 56 anos e sete meses quando competir na capital japonesa.

Estreantes e medalhistas

Além disso, 86 atletas com deficiência convocados serão estreantes em Jogos Paralímpicos. Assim, 47 atletas masculinos e 39 femininos vão disputar uma edição de Jogos pela primeira vez na vida.

Em contrapartida, a equipe brasileira contará com 69 atletas que já conquistaram ao menos uma medalha em Jogos Paralímpicos. Serão 40 homens e 29 mulheres que são medalhistas paralímpicos e foram convocados novamente nesta terça.

O atletismo, com 20 atletas, é a modalidade com a maior quantidade de medalhistas paralímpicos que vai compor a delegação brasileira. Vôlei sentado e natação, com nove atletas cada, também se destacaram com a grande presença de atletas convocados e que já subiram ao pódio em Jogos Paralímpicos.

Por regiões

Entre os 229 atletas com deficiência convocados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio nesta terça, 63 são de classes baixas (com deficiência mais severas), o que representa 27,5% do total de delegação brasileira paralímpica.

A valorização e estímulo à participação de atletas com deficiências severas em eventos esportivos do CPB e na composição da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de 2023 também fazem parte do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB.

Já em relação ao local de nascimento dos atletas com deficiência convocados, São Paulo figurou com a maior representação entre os Estados. Cerca de 26% da delegação brasileira paralímpica é paulista – são 60 atletas no total.

Rio de Janeiro, com 24 atletas, Paraná, com 21, Minas Gerais, com 20, Goiás, com 12, e Santa Catarina, com 11, também foram regiões com grande quantidade de atletas convocados para as disputas no Japão.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.