A nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (para atletas com baixa visão), bateu o recorde das Américas dos 100m livre feminino por duas vezes e ficou a centésimos do recorde mundial da prova no primeiro dia da Seletiva paralímpica da natação brasileira, nesta quarta-feira (02.06), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
A atleta, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão, completou os 100m em 59s07s, na eliminatória, pela manhã, e superou a melhor marca do continente americano até então, que era de 59s46, estabelecido por ela mesmo em abril de 2019, no Open Internacional de natação, também no CT.
Já na final, de tarde, a nadadora do Recife conseguiu baixar ainda mais o tempo e cravou 58s98, melhorando novamente o recorde das Américas. O tempo foi 57 centésimos mais lento que a melhor marca mundial (58s41), da russa Oxana Savchenko, de 2012.
“Voltar a competir é importante neste fim de preparação para Tóquio. Para mim e para a minha comissão técnica, romper a barreira dos 59 segundos foi gratificante. Com certeza vai me dar motivação extra para continuar buscando baixar esse tempo e chegar mais forte nos Jogos”, afirmou Carol. Ela é integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Carol já está classificada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio por ser campeã mundial pela sua classe em 2019, um dos critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que atua como confederação da modalidade.
Entre as principais conquistas da sua carreira, estão a medalha de ouro nos 50m e 100m livre, além da prata nos 100m costas e no revezamento 4x100m livre 49 pontos no Mundial de Londres 2019; e ouro nos 50m livre, nos 100m livre, nos 100m costas e nos 400m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Além dos 100m livres, Carol vai nadar as provas dos 100m peito, dos 100m costas e dos 50m livre feminino na seletiva.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro