A Seleção Brasileira de remo paralímpico embarou neste fim de semana para a Itália em busca de mais duas vagas para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. As oportunidades vão ocorrer durante a Regata de Gavirate, entre os dias 3 e 5 de junho.
Antes da viagem, a equipe ficou concentrada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para mais uma fase de treinamentos no local, com todos os atletas submetidos ao protocolo sanitário elaborado pela área da Saúde do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A equipe cumpriu um cronograma de treinos que contemplaram sessões na raia olímpica do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo (CEPEUSP) e treinos de musculação na academia do CT Paralímpico.
A primeira tentativa na regata será com a paulista Cláudia Santos, no barco single skiff feminino pela classe PR1 (formada por remadores que possuem somente mobilidade de ombros e braços). A remadora brasileira concorre a uma única vaga diante de concorrentes de Argélia, Itália, Rússia e Suécia.
A outra vaga que o Brasil vai tentar na competição será no barco quatro com misto PR3 (para remadores com deficiência visual ou deficiências leves e têm mobilidade nas pernas, troncos e braços), formado por dois homens, duas mulheres e um timoneiro.
Para esta seletiva, que vai oferecer duas vagas em Tóquio, a equipe será formada pelos atletas Jairo Klug (PR3), Valdeni Silva Júnior (PR3), Ana Paula Souza (PR3) e Diana Barcelos (PR3), além do timoneiro Jucelino Silva. Claudia e todos os demais remadores envolvidos na seletiva são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
“Desde o início da pandemia, adotamos estratégias para manter os atletas motivados, treinando com simulador de remo e com avaliações semanais. Essa regata é superimportante. Vamos fazer de tudo para que possamos ir com a delegação completa para Tóquio”, afirmou Guilherme Soares, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Remo.
“Gavirate é uma raia aberta, rápida, boa de remar. E, com o barco italiano que vamos usar lá na competição, vamos conseguir melhorar o nosso tempo. Então, estamos confiantes que possamos ter um bom desempenho e estar na disputa pela classificação”, completou Jucelino Silva, timoneiro da Seleção.
No Mundial da modalidade em 2019, o Brasil já havia conquistado duas vagas paras os Jogos de Tóquio. Uma delas foi no barco single skiff masculino pela classe PR1 e outra no misto double skiff misto pela classe PR2 (para remadores que possuem somente mobilidade nos troncos e nos braços), sendo um homem e uma mulher, ambos com assento fixo.
“Treinamos pensando em momentos como estes, de estar em uma edição de Jogos Paralímpicos, conquistando medalha. Se acontecer, vai ser uma felicidade grande representar o nosso país novamente nos Jogos, numa modalidade que sou recordista de títulos brasileiros”, disse Renê Pereira, cadeirante da classe PR1 e sexto colocado no Rio 2016 no single skiff masculino.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro