Em 2020, já na reta final do ciclo olímpico, os atletas tiveram que fazer uma pausa em sua programação de treinamentos e competições nos primeiros meses da pandemia. O desafio era manter o ritmo, o condicionamento e o foco para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que acontecem neste ano.
Apesar das dificuldades, Bruna Takahashi e Vitor Ishiy se mantiveram ativos e cada vez mais entrosados, e vão até Rosário, na Argentina, no próximo sábado (17.04), em busca de uma vaga entre as duplas mistas dos Jogos Olímpicos. O torneio terá transmissão ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil.
O Pré-Olímpico tem início às 10h (de Brasília), mas Bruna e Ishiy não jogarão as oitavas de final. Eles iniciam a competição nas quartas (entre 14h e 16h30), onde enfrentam os vencedores do confronto entre os paraguaios Leyla Gomez e Marcelo Aguirre e os cubanos Jorge Campos e Daniela Carrazana. Somente a parceria campeã do torneio garante a vaga em Tóquio. O Pré-Olímpico Individual também está acontecendo na Argentina, mas o Brasil já garantiu as vagas no torneio de equipes e não precisa participar.
O obstáculo dos meses sem competir em 2020 foi ainda maior para Vitor Ishiy, que teve uma lesão que interrompeu parte dos treinamentos. “Não foi um dos períodos mais fáceis”, diz o atleta, ao lembrar das dificuldades do momento em que esteve de quarentena. Para o mesa-tenista, porém, é hora de focar no Pré-Olímpico: “Vou entregar tudo para ganhar cada ponto”, afirma.
É esse também o sentimento de Bruna Takahashi, que vai dividir a mesa com Ishiy. Segundo ela, a parceria recente da dupla no Catar foi crucial para recuperar o ritmo e a harmonia. “Consegui me manter bem fisicamente e tecnicamente nos últimos meses. Foi bem difícil, porque a gente não podia treinar. Mas desde esse período em que a gente jogou no Catar, acho que consegui evoluir bastante também. Foi bom ter jogado para voltar com esse feeling de jogo”, avalia a atleta.
Depois do torneio de duplas mistas do WTT Star Contender, em Doha, no Catar, Bruna e Ishiy chegaram ao 29° lugar no ranking mundial da categoria, um salto de 35 posições. A evolução foi motivo de alegria: “Eu e Vitor evoluímos bastante. Ficamos bem felizes com os resultados que tivemos no Catar. Do primeiro torneio para o segundo, eu percebi que evoluímos bastante, principalmente nos detalhes”, completa a mesa-tenista.
O entrosamento não foi o único ganho da dupla, que carrega o título dos Jogos Sul-Americanos de 2018 em seu currículo. Depois do período sem competir, os brasileiros também chegam ao Pré-Olímpico ‘calejados’: “Se passaram dois anos, mas quase não tivemos torneios. Com certeza amadurecemos, aprendemos a lidar com situações novas”, finaliza Vitor Ishiy.
Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa