Câmara recebe o subsecretário de Vigilância em Saúde sobre o processo de vacinação em Juiz de Fora

A Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) recebeu na última quarta-feira, 24, durante a 7ª Reunião Ordinária do 3º Período Legislativo, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Gustavo Felinto, para prestar esclarecimentos aos questionamentos dos vereadores sobre detalhes da vacinação na cidade. Dentre os principais pontos destacados pelos vereadores em visitas e fiscalização em diversos bairros da cidade, estavam a escassez de pontos de vacinação, a formação de filas na UFJF e em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o cronograma para aumentar o número de imunizados. O presidente da Casa, vereador Juraci Scheffer (PT), reforçou a necessidade de haver diálogo com os vereadores nas tomadas de decisões e agradeceu a prontidão com que o Poder Executivo atendeu ao pedido para os esclarecimentos dos problemas relatados na manhã desta quarta-feira.

Aumento da imunização

De acordo com Gustavo, o recebimento de vacinas segue a programação do Ministério da Saúde (MS), que as disponibiliza no ritmo de recebimento. “Há menos unidades de vacinação para que seja possível garantir mais controle. A centralização é uma forma de equilibrar as muitas variáveis de forma que não impeça a vacinação”. Em resposta a todos os vereadores que exaltaram a urgência na imunização, ele ponderou que há previsão para novos recebimentos de vacina porque o Ministério da Saúde está com maior capacidade de distribuir, mas que depende desta distribuição. “Estamos suscetíveis a erros, mas do ponto de vista do planejamento é a realidade de vários municípios”.

O aumento da capacidade de distribuição do MS interfere diretamente no aumento gradual dos postos de vacinação. Sobre este ponto, Gustavo ressaltou que o ineditismo da catástrofe sanitária e a dependência de um recurso contingenciado fazem urgente mais  responsabilidade e maior controle dos postos para evitar a perda de imunizantes. Questionado pelos parlamentares sobre a utilização de trabalhos voluntários para aumentar a capacidade de mais postos, o subsecretário não se opôs, mas lembrou que depende de uma avaliação criteriosa e que levará a sugestão à secretaria.

Sobre os números de vacinas ainda não utilizadas, a explicação centrou-se na necessidade de garantir a segunda dose dos já imunizados. “Temos segunda  dose garantida. A orientação do MS, que nos autorizou a usar integralmente as doses, foi em relação à última remessa recebida. Mas não podemos abrir mão das vacinas de segunda dose – há trabalhadores já com demandas de outra dose”. Quanto ao total de vacinas em estoque, o subsecretário não soube precisar “porque há variação todos os dias, mas entre a primeira e a segunda dose são aproximadamente 97 mil”.

Gustavo anunciou que a partir da próxima segunda-feira, 29, o município vai aumentar de 7 para 23 os pontos de vacinação. Indagado pelos vereadores sobre o planejamento inicial ser para 30 postos, ele justificou que à medida que as vacinas sejam recebidas, mais postos serão abertos sem a restrição máxima de 30 postos. Confrontado sobre as UBSs e os bairros a serem contemplados com a expansão, Gustavo respondeu que o conhecimento das especificidades de cada bairro e região é uma das maiores expertise dos vereadores. “A dinâmica com a Câmara é salutar e por isso a ampliação será feita em diálogo”.

Atrasos e filas

Os parlamentares apontaram problemas de formação de filas e atrasos, principalmente na Universidade Federal de Juiz de Fora. O subsecretário argumentou que houve uma sobrecarga devido ao início da vacinação para os maiores de 78 anos ao mesmo tempo em que expandiram a imunização dos profissionais de saúde acima de 40 anos de idade. “Nossa avaliação é de que a junção contribuiu para os problemas relatados pelos vereadores. E estamos reavaliando a estratégia”. Ele explicou ainda que o problema no drive thru da UFJF ocorreu pela necessidade de verificação de documentos para confirmar o vínculo profissional em estabelecimentos assistenciais – “Um atraso por causa do zelo necessário”, ressaltou. Além disso, Gustavo confirmou também que houve atraso na chegada da vacina em Juiz de Fora. Outro fator para a formação de filas, principalmente no Departamento do Idoso, deve-se, segundo ele, à ansiedade em procurar a vacinação já no primeiro dia disponível, o que gera acúmulo e a formação de filas.

Novos grupos

Em resposta aos vereadores que questionaram sobre a vacinação de acamados, pessoas com comorbidades e outras essencialidades profissionais, Gustavo alegou que já há a identificação dos idosos acamados e organização das equipes para a dinâmica de ir às residências. “Temos equipes que mapeiam os idosos não assistidos pela Estratégia de Saúde da Família. Quanto às pessoas com maior vulnerabilidade na saúde, não há previsão, embora elas estejam elencadas dentro de um grupo prioritário ainda não contemplado, assim como os trabalhadores do transporte público”. Já sobre os trabalhadores que atuam em empresas que estão em ambiente de assistência à saúde, já há um  movimento para a convocação e será feito com uma estratégia que não permita ocorrer o que aconteceu na UFJF”, finalizou.

Fonte: Assessoria




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