F1 pode retornar à África pelos próximos anos, segundo diretora de promoções de corridas

Após quase 30 anos de ausência, a F1 pode retornar à África em um futuro próximo, segundo declaração da diretora de promoções de corridas da categoria, Chloe Targett-Adams. Ela diz que o plano de voltar ao continente africano é uma das prioridades da F1. Além disso, o heptacampeão Lewis Hamilton sempre manifestou desejo de poder correr no local.

A última vez que a categoria esteve presente no continente, foi no ano de 1993 no GP da África do Sul no Autódromo de Kyalami, que recentemente passou por ampla reforma e pode ser uma das opções, assim como Marrocos que chegou a receber a prova em 1958.

Em videoconferência, Chloe diz que concorda com a opinião de Hamilton e há negociações para colocar o plano em prática: “Concordo totalmente com Lewis, a África é um continente em que não corremos, e isso é simplesmente errado. É um lugar que queremos muito, é a prioridade. Há alguns anos estamos em negociações com as opções possíveis. E esperamos que, no fim das contas, sejamos capazes de realizar uma corrida lá perto ou num meio-termo”.

Outra alternativa citada pelos dirigentes da categoria é a realização de uma segunda prova nos Estados Unidos, mais especificamente no Circuito de Indianápolis. Na última semana, o dono do autódromo, Roger Penske, diz que há intenção de receber novamente a F1 e o plano foi confirmado pelo novo CEO Stefano Domenicali. Diante disso, Chloe explica que:

“Ao lado da África, os EUA continuam sendo uma prioridade estratégica clara. Temos uma grande corrida em Austin agora, onde estamos ansiosos para trabalhar com nosso promotor por mais alguns anos. Mas estamos olhando para uma segunda oportunidade de corrida, um local de destino, e procurando construir essa proposta de corrida dos EUA. Igualmente na Ásia, não escondemos o fato de que essa também é uma prioridade-chave”. 

Outro assunto comentado pela diretora foi sobre o GP do Vietnã, que iria receber a categoria em 2020, mas por conta da pandemia da Covid-19, a etapa foi cancelada. Entretanto, o futuro segue incerto, uma vez que o ex-prefeito de Hanói, Nguyen Duc Chung, foi preso no mês de novembro por corrupção, ao se apropriar de documentos secretos de estado. Inclusive foi ele que elaborou o acordo com a F1, para receber a categoria pelos próximos 10 anos. 

Apesar da situação atual, Chloe explica que os planos de realização da prova no Vietnã não estão descartados:

“O Vietnã é um local de corrida incrivelmente emocionante para a F1. Divisão demográfica extremamente jovem no país, setor comercial vibrante, estamos muito, muito animados para correr lá. E 2020 era para ter a primeira corrida, com um circuito incrível construído nos arredores de Hanói. E então, de forma totalmente compreensível, ninguém quer lançar uma primeira corrida no meio de uma pandemia. Estamos trabalhando em alguns problemas localizados com algumas mudanças no governo em andamento também, então decidimos e concordamos com nosso promotor, Vingroup, que 2021 simplesmente não era o momento certo para isso”.




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