Durante uma operação realizada na terça-feira (9), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) localizou um imóvel no Bairro São Pedro (Cidade Alta), que era utilizado para desmanche clandestino de automóveis. Após denúncias, os policiais compareceram ao endereço indicado e encontraram uma caminhonete desmontada, bem como peças de outros veículos.
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, delegado Rogério Woyame, o referido automóvel é oriundo do estado da Bahia e foi avaliado em aproximadamente R$ 72 mil:
“E teria sido comprado no Rio de Janeiro por R$7 mil por um suspeito de 25 anos, o rapaz que estaria desmontando o automóvel em Juiz de Fora. Ele ainda não foi encontrado, mas o trabalho investigativo segue em andamento”, ressaltou.
A autoridade policial detalha também que há suspeita do veículo ser produto de golpe em uma seguradora: “Em automóveis como esse, defeitos mecânicos podem custar altos valores para serem solucionados, então, seus proprietários optam por aplicar um golpe na seguradora. Enviando o automóvel para outros estados para serem desmanchados e, somente depois de muitos dias, fazem um falso registro de furto ou de roubo do veículo para que fique impossível que a seguradora possa recuperar o veículo e tenha que indenizar o proprietário”, explicou.
Eliminação de sinais identificadores
O Delegado frisa que durante a operação, os policiais encontraram indícios de que o suspeito estaria eliminando os sinais identificadores do veículo: “A equipe localizou muitos pedaços de vidro no local e, posteriormente, encontrou as portas do automóvel com os vidros quebrados, indicativos claros de que o homem estava tentando suprimir os sinais identificadores do veículo e de que destruiria todos os sinais, caso o veículo não fosse apreendido”, esclareceu o delegado.
Busca pelos suspeitos
Rogério diz que dois suspeitos, 25 e 36 anos, já foram identificados, sendo que “O mais velho será investigado pelo crime de estelionato, na modalidade fraude para recebimento de indenização do seguro, cuja pena pode chegar a cinco anos. Já o outro rapaz poderá responder por receptação e por adulteração de sinais identificadores. Somadas, as penas podem chegar a 10 anos de prisão”, finalizou.