Vereadores se reúnem com Abrasel e Sindicato dos Bares e Restaurantes em busca de soluções para a possível regressão à Onda Vermelha

Com o indicativo do Minas Consciente para que Juiz de Fora regrida à Onda Vermelha do programa e o iminente fechamento dos estabelecimentos não essenciais, representantes de bares e restaurantes procuraram a Câmara em busca de diálogo e construção de soluções. A categoria enfrenta sérias dificuldades para manter seus negócios em funcionamento e anseia por alguma saída que obedeça o protocolo sanitário, sem que seja necessário baixar as portas. Estiveram na reunião com os empresários, na tarde de quinta-feira (14), os vereadores Maurício Delgado (DEM) e Sargento Mello Casal (PTB).

A atualização semanal do Governo de Minas sobre a necessidade de que Juiz de Fora volte à fase mais restrita foi divulgada nessa quinta. causando preocupação. Nessa fase, ficaria autorizado o funcionamento de supermercados, padarias, farmácias e bancos, e os bares e restaurantes poderiam abrir apenas para entrega ou retirada no local. Na reunião da Câmara, os empresários citaram o alto nível de endividamento das empresas, que de portas fechadas não conseguem gerar receitas, além das dificuldades para renegociar os valores e prazos para o pagamento dos aluguéis. 

O empresário Célio Oliveira defende que a categoria precisa da ajuda do poder público para buscar soluções. “Eu acho que ninguém pagou um preço tão alto quanto os bares e restaurantes”. De acordo com o Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, em Juiz de Fora, são quase 500 restaurantes self-service , e Célio demonstra preocupação com os postos de trabalho do setor. “Se você multiplicar por cinco ou sete funcionários nós temos aí [cerca de] 2.500 funcionários que estão correndo o risco de perder o emprego”, desabafou.

A presidente da regional juiz-forana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Francele Galil, destacou que baixar as portas afeta toda a cadeia produtiva do setor. “Quando os restaurantes são impedidos de funcionar os supermercados também têm o déficit, os empregos também ficam comprometidos, além dos fornecedores de bebidas e insumos, então isso gera um efeito cascata”, salientando o impacto econômico da medida.

O vereador Maurício Delgado destacou que o setor foi muito atingido pela pandemia e que agora, além dos problemas atuais, é necessário pensar no longo prazo.”Temos que procurar alternativas para ir fomentando esse tipo de atividade futura”. Já Sargento Mello Casal contou que os vereadores estão tentando uma interlocução com o governador de Minas, Romeu Zema, que estará na cidade nos próximos dias. “É a busca da flexibilização, do autosserviço nos restaurantes. A gente tem verificado que isso tem causado um prejuízo muito grande para essa classe de empresários, então a nossa conversa é na tentativa de tocar na sensibilidade do Governo estadual na mudança do Minas Consciente sobre os protocolos dos restaurantes”, finalizou. 

Fonte: Assessoria




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.