Com a classificação do Santos para a final da Taça Libertadores, após vencer o Boca Juniors por 3×0, será a quarta vez que a principal competição das Américas será decidida por dois times do mesmo país. O alvinegro praiano enfrentará o Palmeiras, no próximo dia 30 deste mês, no Estádio do Maracanã. Além disso, será a terceira vez que a final será feita entre clubes brasileiros. Veja abaixo os confrontos:
São Paulo x Athletico-PR (2005)
A primeira final entre dois clubes do mesmo país foi em 2005, entre São Paulo x Athletico-PR. O tricolor paulista vinha embalado com um grande time, que contava com Rogério Ceni, Amoroso, Cicinho, Danilo, Lugano, Mineiro e Luizão. Já no lado rubro-negro, que vinha do vice-campeonato brasileiro de 2004, tinha como principal destaque o atacante Aloísio.
Naquela ocasião, os dois times empataram o primeiro jogo na Arena da Baixada em Curitiba, pelo placar de 1×1. O Athletico saiu na frente com Aloísio no primeiro tempo. Na segunda etapa, Durval marcou gol-contra.
No jogo da volta no Estádio do Morumbi em São Paulo, os donos da casa não tomaram conhecimento e venceram por 4×0, com gols de Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli, conquistando assim o tricampeonato para o tricolor paulista, que posteriormente viria ser tricampeão do mundo, ao derrotar o Liverpool.
São Paulo x Internacional (2006)
No ano seguinte, novamente a final foi brasileira, dessa vez entre São Paulo x Internacional. O tricolor dessa vez comandado por Muricy Ramalho, reforçou seu elenco em busca do tetra, enquanto que o Internacional, vinha de uma excelente campanha no Brasileirão do ano anterior e também com grandes nomes em seu elenco, como: Abel Braga, Clemer, Rafael Sóbis, Fernandão, Tinga, Edinho, Alex e Iarley.
A primeira partida foi no Morumbi em São Paulo e o colorado levou a melhor, ao vencer por 2×1, com dois gols de Rafael Sóbis e iria decidir no Beira-Rio em Porto Alegre. Diante de seu torcedor, o Inter conquistou a Libertadores pela primeira vez em sua história, após empatar o jogo em 2×2. Fernandão e Tinga marcaram para o Colorado e Fabão e Lenílson fizeram para o São Paulo. No final daquele ano, o time foi campeão do mundo, ao derrotar ninguém menos que o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho.
Boca Juniors x River Plate (2018)
Uma das finais mais emblemáticas da história, esta foi a primeira decisão entre dois times argentinos e também da mesma cidade: Buenos Aires. O Boca vinha embalado com a boa fase de seu atacante Darío Benedetto e também de eliminações sobre Cruzeiro e Palmeiras. Além disso, os xeneizes tinham ainda Carlos Tevez no banco de reservas.
No lado do River, a equipe comandada por Marcelo Gallardo chegava em sua segunda final de Libertadores, dentro do período de 3 anos. A última havia sido em 2015, quando o Millonario derrotou o Tigres do México.
O primeiro jogo na Bombonera foi eletrizante do início ao fim, com os dois times empatando por 2×2. A volta seria no Monumental de Nuñes, porém às vésperas da partida, o ônibus que transportava o elenco do Boca, foi apedrejado por barras bravas (nome dado às torcidas organizadas argentinas) do River Plate.
Algumas janelas foram quebradas e os atletas disseram não ter condições psicológicas para ir a campo, tanto que seu capitão Pablo Perez, teve seu olho ferido. Após conversas entre os dirigentes dos dois clubes, da Conmebol e arbitragem, a partida foi suspensa e seria realizada no dia seguinte, o que acabou não acontecendo.
Após semanas de negociações, ocorreu algo inédito: a final da Libertadores não seria realizada na América do Sul. Temendo pela segurança, a Conmebol levou o jogo ao Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid.
Com emoção desde o pontapé inicial, o Boca saiu na frente ainda no final do primeiro tempo com Benedetto. Mas na segunda etapa, o River voltou melhor e empatou com Lucas Pratto. Na prorrogação, com gols de Quintero e Gonzalo Martínez, o River conquistou seu quarto título da Libertadores e de quebra, em cima do seu maior rival.